TELEVISÃO

Entenda o que está por trás do aumento de preços da Amazon Prime

Companhia diz que serviço tem o mesmo preço desde o lançamento, em 2019, e que o reajuste vem após 'expansão de benefícios', mas existem mais motivos

Imagem do autor
Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 04/05/2022 às 12:11
Notícia
X

Com informações da Agência Estado

A Amazon anunciou, nesta semana, o aumento dos valores do serviço Amazon Prime. A partir do dia 20 de maio, a mensalidade do serviço da gigante do varejo passará de R$ 9,90 para R$ 14,90 por mês, uma alta de 50,5%.

Já a anuidade irá de R$ 89 para R$ 119, um aumento de 33,7%. Quem já a assina o Prime terá o reajuste aplicado a partir de 24 de junho de 2022.

O que diz a Amazon

Mas o que justifica esse aumento? A companhia lembra que o serviço tem o mesmo preço desde o lançamento, em 2019, e que o reajuste vem após a "expansão dos benefícios", diz a companhia.

"Até 19 de maio, todos os novos clientes que assinarem o plano anual ou membros mensais que converterem sua assinatura para a anual poderão aproveitar o preço atual de R$ 89/ano pelos próximos 12 meses", diz.

A Amazon diz ainda que continua a investir no Prime e que, nos últimos anos, adicionou milhões de produtos ao programa com frete grátis.

No entanto, é possível afirmar que o aumento é mais uma consequência do cenário complicado para as empresas do streaming. Os serviços lidam com com aumento de custos, alta competitividade e dificuldade na retenção de assinantes.

Perca de bilhões

O aumento dos preços foi anunciado dias após a Amazon perder US$ 210 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) em valor de mercado só na última sexta-feira (29), pior dia da empresa no mercado financeiro desde 2006.

A queda de 14% no valor da companhia ocorreu após a fraca estimativa de crescimento para o próximo trimestre.

Balanço

No primeiro trimestre, a Amazon registrou prejuízo de US$ 3,8 bilhões - no mesmo período do ano passado, teve lucro de US$ 8 bilhões.

A perspectiva para a divisão de varejo da gigante é negativa por várias razões - uma delas é a reabertura de lojas físicas, o que devolveu à gigante concorrentes antes adormecidos pela pandemia.

 

Divulgação
Logo Amazon Prime - Divulgação
Divulgação
Assista os lançamentos da semana na Amazon Prime Video - Divulgação

A companhia também enfrenta alta nos custos. Um desses elementos é a inflação dos combustíveis, que influenciou toda a cadeia de entregas e de serviços. Pressões inflacionárias também devem reduzir o consumo em diferentes países.

"Hoje, como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento", disse Andy Jassy, presidente da Amazon, no relatório enviado a investidores.

"Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias da cadeia de suprimentos em andamento, mas vemos um progresso encorajador em várias dimensões da experiência do cliente",

Tags

Autor