Retrato de Marilyn Monroe pode se tornar a obra mais cara do século 20. Confira valor e história da tela
Serigrafia "Shot Sage Blue Marilyn", de Andy Warhol, será leiloada pela Fundação Thomas e Doris Ammann
Uma das obras mais conhecidas de Andy Warhol (1928 - 1987), a serigrafia "Shot Sage Blue Marilyn" pode quebrar o recorde de obra do século 20 mais cara já vendida em leilão, caso atinja a cifra estimada de U$ 200 milhões.
Destaque do leilão da Fundação Thomas e Doris Ammann, a tela é um retrato da lenda de Hollywood Marilyn Monroe, pintado com cores vivas de amarelo, azul, rosa e vermelho. O leilão será realizado nesta segunda (9), às 19h, em Nova York.
Andy Warhol foi um artista visionário, sendo fascinado pela cultura do consumo e a sociedade do espetáculo dos Estados Unidos naquela metade do século passado.
Até o momento, a obra mais cara do período a ser leiloada foi e "Mulheres de Argel" (1955), de Pablo Picasso, arrematada por US$ 179,4 milhões em 2015.
O valor de "Shot Sage Blue Marilyn" também iria quebrar o recorde do próprio Warhol: sua obra mais cara já leiloada foi "Silver car crash (Double Disaster)" (1963), adquirida por US$ 105,4 milhões em 2013, na Sotheby’s.
Artista cada vez mais consagrado
O aumento do valor é uma consequência da constante valorização e reconhecimento do legado do artista. Recentemente, por exemplo, sua vida foi alvo da série "Diários de Andy Warhol", lançada pela Netflix.
No texto de apresentação de "Shot Sage Blue Marilyn", o especialista em arte da Christie'es colocou a tela no mesmo patamar de obras primas como: "Nascimento de Vênus", de Botticelli, da "Mona Lisa", de Da Vinci.
"Ele experimentou em todas as mídias do seu tempo e não envelheceu. Warhol sabia buscar este tipo de encantamento pela beleza que é inerente ao ser humano. Sua Marilyn é um exemplo disso, é um dos retratos mais bonitos já pintados", diz o texto.
Curiosidade também aumentou valor da tela
Para além da importância de Andy Warhol para a arte contemporânea, um fato curioso aumentou a mística em torno de "Shot Sage Blue Marilyn" e, consequentemente, de seu valor de mercado.
Em 1964, a artista performática Dorothy Podber entrou no ateliê do artista, sacou uma arma e deu tiros nas telas. Os furos foram fechados com tinta. Esse fato aumentou o encantamento sobre a obra.