ARTE E LITERATURA

"Diário das Frutas", com crônicas de Bruno Albertim e telas de Tereza Costa Rêgo, é lançado em livro

Publicação retoma exposição realizada pelo jornalista e pela artista em 2013

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Romero Rafael

Publicado em 13/05/2022 às 12:01 | Atualizado em 13/05/2022 às 12:03
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Com informações da assessoria

Quase dois anos depois da partida de Tereza Costa Rêgo, Bruno Albertim lança o livro "Diário das Frutas" (R$ 55), derivado da exposição de mesmo nome que os dois inauguraram no Centro Cultural Correios, em 2013. As crônicas de Albertim e as pinturas de Tereza agora estão no livro da editora paulistana Primata. O lançamento será nesta sexta-feira (13), das 18h30 às 22h, na Casa Estação da Luz, em Olinda.

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Capa do livro "Diário das Frutas" - DIVULGAÇÃO

Dez anos atrás, o então jornalista e agora também antropólogo e curador Bruno Albertim escrevia crônicas para entender como as frutas do Nordeste catalisam uma certa sensualidade da região. Do cancioneiro popular, passando pela literatura regionalista a certos ditados sobre como os meninos aprendem a se tornar homens chupando manguitos, esses frutos dizem que, de alguma forma, "uma fruta, no Nordeste, jamais deve ser mordida; sempre chupada".

Publicadas sob incentivo de Raimundo Carreiro no jornal literário Pernambuco, as crônicas impressionaram de forma particular a artista Tereza Costa Rêgo, grande amiga do autor. "Posso pintar esses textos?", ela perguntou. O encontro culminou na exposição "Diário das Frutas".

Em "Diário das Frutas", estão reproduzidos os 12 quadros originais de Tereza Costa Rêgo em diálogo com as crônicas que deram origem à série. Ambos, versam, de maneira poética, sobre as frutas do repertório nordestino. Como na primeira edição, a crítica e socióloga da arte Olívia Mindêlo assina o prefácio. Diz ela que:

"O diálogo de Tereza com as frutas jamais é frívolo ou de pretensão realista, com todo respeito aos quem encampam este tipo de representação. Mesmo na natureza-morta, Tereza é vida, é mistério. Também na sua escrita e no seu 'didatismo', Bruno é moleque, escritor, inventivo. Juntos, despistam, recriam e ressignificam o tema, como a arte deve ser. Seja nas pinceladas de Tereza ou na literatura de Bruno, a energia lasciva se revela um fio condutor de ambas as criações."

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