MÚSICA

Tulipa Ruiz apresenta projeto intimista no Teatro do Parque: 'Que a arte possa ocupar todos os espaços'

Cantora paulista traz o show Tulipa Noire, que derivou de uma live realizada durante a pandemia

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Emannuel Bento

Publicado em 08/07/2022 às 14:04
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A cantora Tulipa Ruiz faz show no Recife no próximo dia 8 de julho, como convidada do projeto Seis e Meia, do Teatro do Parque. A paulista traz o show Tulipa Noire, que derivou de uma live realizada durante o período de isolamento social com direção de Laís Bodansky para a Casa de Francisca no Palacete Tereza, em São Paulo. A abertura do show fica com o pop do pernambucano Ivo Thavora.

Os ingressos já estão à venda no Sympla e na loja Vagamundo do Shopping Boa Vista, custam R$ 50 (meia-entrada), R$ 60 (entrada social + 1kg de alimento não perecível) e R$ 100 (inteira).

"Esse show tem músicas do TU, que é um disco de voz e violão, bem intimista, mas também tem músicas dos meus outros discos. Eu gosto de chamar esse formato de "nude" porque é como se as músicas estivessem peladas, sem todas as camadas de arranjos que uma música recebe depois que nasce", explica Tulipa, ao JC.

"É como se eu estivesse em contato com a essência de cada música. Esse show faz parte da turnê Tulipa Noire, que nasceu a partir de uma cine-live que fizemos na Casa de Francisca, em São Paulo, com direção da Laís Bodanzky e que ilustra o espírito desta mini turnê."

Por conta do momento atual, a cantora diz gostar de cantar "Algo Maior" em todos os shows. "Efêmera", "Só Sei Dançar" e "Víbora" são alguns outras canções do repertório.

No palco, ela sobe apenas com o irmão, Gustavo, parceria desenhada no álbum TU (2017), e que acaba revelando nuances em seu trabalho. "Crescemos ouvindo a mesma vitrola, os mesmos discos e temos uma turma parecida. Nosso repertório de vida tem muita coisa em comum e a nossa amizade tem muito a ver com a gente ouvir música junto desde criança. Descobrir sons com outra pessoa é parceria pra vida toda, né?".

No Teatro do Parque, o Seis e Meia fez história nos anos 1990, trazendo ícones da MPB, como Cauby Peixoto, Zélia Duncan e tem essa missão de trazer música boa e acessível ao público. Tulipa diz conhecer a história do projeto através de amigos do Recife.

"Sei que ele faz parte da formação e da memória afetiva de muita gente querida. Participar de um projeto tão longevo e ativo é da maior importância para nós, sobretudo também na volta de um teatro tão relevante e que também estava fechado. Estamos todes voltando e entendendo coletivamente essa volta. Que a arte possa ocupar todos esses espaços."

Seu álbum "Efêmera" (2010), inclusive, será remixado. Premiado, ele vem com participação de vários produtores. "Será um álbum visual para ritualizar e ressignificar esse disco que atravessou o tempo", adianta. "Chamei onze produtoras e produtores para remixar as onze faixas de Efêmera e daqui a pouco o álbum será lançado. Spoiler: um dos produtores é pernambucano!".

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