Mancha Verde homenageia o Nordeste em samba-enredo para Carnaval de 2023. Ouça
Samba-enredo "Oxente – Sou xaxado, sou Nordeste, sou Brasil" foi composto por Edinho Gomes e Gilson Bernini, com diversas referências à cultura nordestina.
A escola de samba Mancha Verde divulgou o seu samba-enredo para o carnaval de de 2023, uma grande homenagem ao Nordeste.
O enredo "Oxente – Sou xaxado, sou Nordeste, sou Brasil" foi composto por Edinho Gomes e Gilson Bernini, com diversas referências à cultura nordestina.
A escolha ocorreu apresentações acompanhadas pela bateria "Puro Balanço", comandada pelo mestre Guma Sena. Ouça:
"Eu vim de lá... Também sou cabra da peste / Sou das bandas do Nordeste, Vila Bella sim sinhô!", diz o primeiro trecho do enredo.
Três grupos de compositores superaram outros quinze concorrentes em audições internas no último mês, e chegaram a grande final do concurso na noite do último sábado (30).
A Mancha Verde foi campeã do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo em 2022 e agora buscará a conquista de seu terceiro título na divisão de elite do samba paulistano.
No Carnaval 2022, a agremiação campeã de 2019 levará para a Avenida o enredo "Planeta Água". A história é inspirada na música de autoria do cantor e compositor Guilherme Arantes, que autorizou a utilização da obra.
Veja a letra do enredo da Mancha Verde:
Mancha Verde é emoção, oxente
Coração do nordestino bate no peito da gente
Somos uma só família “eta” povo abençoado
Hoje meu samba vai no passo do xaxado
Eu vim de lá…
Também sou cabra da peste
Sou das bandas do nordeste
Vila Bella, sim sinhô
Serra talhada, chão rachado, poeirento
E um sentimento que reflete o meu valor
Óh meu “Padim Ciço” fé e devoção
Minha história tá na memória
Eu sou do tempo do valente Lampião
“Se avexe não”, na tristeza dou um nó
No arrasta pé do xote, baião e forró
Puxa o fole sanfoneiro a poeira vai subir
Sertanejo chorou tanto tá na hora de sorrir
Há esperança reluzindo em cada olhar
Faz um verso de amor amanhã vai melhorar
E cangaceiro, a batalha triunfou
Até Maria Bonita no bando comemorou
“Olé muié rendeira”
Na embolada dançando a noite inteira
Vem violeiro, num repente ajeitado
Tô “arretado”, a zabumba tá chamando
“Não há oh gente ó não”
Coisa melhor do que cantar o meu sertão
Quanta saudade “é tempo de voltar”
Salve! Mestre Vitalino
E Pernambuco minha raiz
Patrimônio Cultural