MÚSICA

PLANET HEMP: 'Distopia', com Criolo, antecipa novo álbum do grupo após 22 anos. Assista clipe

Parceria com Criolo, Distopia narra o retrato do Brasil atual e faz uma convocação ao poder popular de reação e mobilização

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Emannuel Bento

Publicado em 21/09/2022 às 9:40 | Atualizado em 21/09/2022 às 9:44
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O grupo Planet Hemp quebrou um hiato de duas décadas sem novos lançamentos com "Distopia", single disponível no streaming nesta terça-feira (20).

Uma parceria com o rapper Criolo, a música é capaz de de sintetizar o disco de inéditas que os fãs aguardam ansiosos, o primeiro desde "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça" (2000). A banda ainda não antecipou novidades do novo álbum.

A composição trabalha com uma dupla função: enquanto de um lado narra um retrato do Brasil atual e distópico, do outro faz uma convocação ao poder popular de reação e mobilização, buscando levantar debates urgentes na atualidade.

A crítica ao sistema vigente segue em versos como "Os que detêm o poder precisam ter medo /Medo do povo" e "Fé cega, radicalismo, sério, só pode ta zuando /Tá tudo errado irmão, então pega a visão /Pobre defende rico /empregado, o patrão /Político vira herói, juízes super heróis", cantados por D2.

O Planet Hemp é formado atualmente por Marcelo D2, BNegão, Formigão, Pedro Garcia e Nobru ao lado de Criolo,

Clipe de Distopia, do Planet Hemp

O single chegou acompanhado de um videoclipe com direção assinada por Marcelo D2 e produzido pela sua produtora Pupila Dilatada. A obra traz o quinteto em takes que alternam cenários urbanos de protestos e batidas policiais, com outros em meio à natureza.

"Gravado em quatro dias pelo Rio de Janeiro e dividido em doze cenas, o clipe de Distopia é um grande trailer do que vem por aí no audiovisual de todo o disco", declara Marcelo D2.

A proposta combativa e questionadora da produção - tanto na letra quanto no clipe de "Distopia" - se torna impossível de descolar do cenário sócio-político atual, principalmente se considerarmos o timing próximo às eleições.

"O Planet Hemp sempre foi um movimento de contestação. As nossas letras, que um dia já nos levaram pra prisão, são o reflexo do que a gente pensa sobre esse sistema, sobre o ideal coletivo e a nossa forma de expressar através da música o nosso manifesto. Vai muito além de um discurso político, é um discurso musical muito mais profundo sobre liberdade de pensamento", diz o grupo, em nota.

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