Samba Recife 2022: Ludmilla torna evento mais diverso com funk, afrobeat e prova o seu êxito no pagode
Ludmilla fez sua estreia no Samba Recife, maior festival de samba do país, no último domingo (25)
A cantora Ludmilla fez sua estreia no Samba Recife, maior festival de samba do país, no último domingo (25). Sua presença no evento ocorre após guinada na carreira: o lançamento do projeto "Numanice" a fez receber elogios da cena do pagode e expandir o seu público. Isso ficou nítido na multidão atenta para a sua entrada no palco da área externa do Centro de Convenções, em Olinda.
Diferente do esperado, Ludmilla não levou o show do projeto "Numanice" para o evento - esse será realizado no dia 29 de outubro, conforme anunciado por ela no show, em local que ainda será revelado.
O público viu, de início, o mesmo formato apresentando na antológica performance do Rock in Rio - elogiada pelo próprio Roberto Medina, criador do festival.
A carioca abriu com "Favela Chegou" e "Rainha da Favela", hits que exaltam suas raízes da periferia do Rio de Janeiro. Seguiu com o sucesso "Socadona", que tem influência do afrobeat, e "Deixa de Onda".
O público do festival, que estava ali mesmo pelo samba, começou a se animar de fato quando o repertório trouxe as músicas do "Lud Sessions" com Glória Groove. Músicas "Radar" e "Modo Avião" foram cantadas por todos presentes, principalmente pelas mulheres.
O público feminino, aliás, foi o que mais se entregou. Os homens também cantavam os grandes sucessos, mas dava pra notar que entre as mulheres existia uma relação bem mais íntima e que aquele era um encontro aguardado.
O ápice do show foi, de fato, as músicas do projeto Numanice, como "Ela Não", "Amor Difícil", que foi gravada com Thiaguinho, e "Sinais de Fogo", com Péricles.
Antes de encerrar o show com uma sequência de funks proibidões, a carioca embalou o Cecon com o sucesso "Maldivas", feito durante uma lua de mel com sua namorada, Brunna Gonçalves.
A companheira subiu no palco, como faz em todos os shows. O momento explicitou a importância da presença de Ludmilla na festa: após uma sequência de vozes masculinas, uma mulher canta sobre amor com outra mulher e é festejada pela multidão.
Mais atrações do domingo
No domingo (25), a abertura dos trabalhos ficou por conta da banda Beleza Pura. Em seguida os sucessos e a energia de Pixote dominaram a galera.
E para quem estava aguardando o retorno do Sorriso Maroto e Belo, veteranos na programação do agito, a alegria foi garantida. O grupo apresentou Mensagem Apagada, Quanto Tempo Faz e Sinais. Depois foi a vez de Belo apresentar Não Quero Mais, Intriga da Oposição e tantos outros hits que o consagraram como grande artista do gênero.
Mantendo a energia lá para cima, Ferrugem, seguido de Turma do Pagode, também subiram ao palco. Não faltou fôlego para entoar as canções que consagraram esse time de peso.
Léo Santana foi o responsável por fechar a edição que marcou o retorno do grandioso evento. Com todo seu molejo, Áudio Que Te Entrega, Tarada, Contatinho e Destampei fizeram a galera cantar e dançar junto.
Já no palco interno, que contou com shows durante toda a noite, o destaque ficou por conta de Zeca Pagodinho, ícone do samba. Balanço Black, Quinteto SA, Entre Elas, Vou Pro Sereno e Junior Santos também se apresentaram no Classic Hall.