KANYE WEST E ADIDAS

ADIDAS E KANYE WEST: Entenda por que rapper está sendo chamado de ANTISSEMITA

Adidas anunciou que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West após seus comentários de cunho antissemita

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Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 25/10/2022 às 10:07 | Atualizado em 26/10/2022 às 9:01
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A empresa de roupas e equipamentos esportivos Adidas anunciou nesta terça-feira (25) que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West, também conhecido como Ye, após seus comentários de cunho antissemita nas últimas semanas.

"Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye", disse o grupo em comunicado. "A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio", acrescentou.

A empresa informou que o impacto negativo de curto prazo será de 250 milhões de euros (cerca de 1,3 bilhão de reais) no lucro líquido da empresa em 2022, já que este quarto trimestre é considerado alta sazonalidade. Estimula-se que a linha de West representava 8% das vendas da marca.

Kanye West e Judeus: Por que o rapper vem sendo acusado de antissemita?

Kanye West está imerso em mais uma polêmica depois de fazer publicações de cunho antissemita - termo que se dá ao preconceito contra populações de origem semita, como os árabes e os judeus.

O caso começou quando o músico norte-americano usou uma camisa com a estampa "Vidas Brancas Importam" ("White Lives Matter" em contraponto ao movimento antirracista Black Lives Matter) durante um desfile na Semana de Moda de Paris.

A frase rendeu críticas na indústria da moda e da música, a exemplo do posicionamento crítico do rapper Diddy. Além disso, Kanye ajudou a espalhar uma desinformação sobre a causa da morte de George Floyd, assassinado por um policial em 2020. West disse que ele haveria morrido por problemas com drogas.

Kanye West ofendeu judeus nas redes sociais

JULIEN DE ROSA/AFP
KANYE WEST Rapper se envolve em polêmica após comentários antissemitas - JULIEN DE ROSA/AFP

Ao se defender, no Instagram, Kayne West publicou uma sequência de prints de uma conversa Diddy. Nas mensagens, West afirma que o colega de profissão era "controlado por judeus".

A publicação foi removida do Instagram e sua conta está bloqueada - ou seja, Kanye não pode fazer novas postagens na rede social. West, então, partiu para o Twitter para questionar a atitude de Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta, que controla o Instagram.

Em seguida, West fez publicações no Twitter dando a entender que atacaria os judeus. Mais especificamente, ele escreveu "death con 3 com o povo judeu".

Ao escrever "death con 3" em seu tweet, ele estava aparentemente se referindo ao termo militar "defcon". Existem cinco níveis que indicam a intensidade de uma ameaça à segurança nacional, sendo 5 o mais baixo e 1 o mais alto.

CHRIS DELMAS/AFP
KANYE WEST Rapper se envolve em polêmica após comentários antissemitas - CHRIS DELMAS/AFP

O tweet, portanto, sugere que ele estava se preparando para algum tipo de ameaça ao povo judeu ou que ele próprio iria infligir algum tipo de violência a eles. Por conta disso, ele também foi bloqueado do Twitter.

Após ser banido das redes, Kanye West comprou a empresa Parlement Technologies, responsável pelo aplicativo e rede social Parler.

Parler é um aplicativo popular entre o público conservador e se denomina como "a rede social da liberdade de expressão", sendo usada por apoiadores de Donald Trump nos EUA.

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