DEMISSÕES NA JOVEM PAN

DEMISSÕES NA JOVEM PAN: veja quem foi demitido do Grupo Jovem Pan

O Grupo Jovem Pan demitiu Augusto Nunes e outros de seus colaboradores nesta segunda-feira (31)

Imagem do autor
Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 31/10/2022 às 18:53 | Atualizado em 31/10/2022 às 18:55
X

Com Estadão Conteúdo

O Grupo Jovem Pan demitiu pelo menos quatro de seus funcionários nesta segunda-feira (31).

Pela manhã, o colunista Ricardo Feltrin, do UOL Splash, noticiou a demissão do comentarista político Caio Coppola.

Em seguida, foi divulgada a saída dos jornalistas Augusto Nunes e Guilherme Fiúza, do programa Os Pingos nos Is

A Jovem Pan se pronunciou sobre a demissão de Augusto Nunes. Leia a nota:

Em comum acordo, O Grupo Jovem Pan e o jornalista Augusto Nunes entenderam por bem pôr fim à parceria de trabalho que estava vigente há mais de cinco anos, através da empresa do Augusto, Lauda Comunicação Ltda, sem qualquer animosidade ou juízo de valor.

Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade.

O Grupo Jovem Pan agradece o jornalista Augusto Nunes e deseja sucesso nas novas fronteiras que ele haverá de desbravar.

No fim da tarde, o jornalista Guga Noblat publicou no Twitter que tinha acabado de ser demitido da Jovem Pan.

"Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo", escreveu Noblat.

A "história da censura" a que ele se refere foi a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na reta final do segundo turno presidencial, para que o grupo Jovem Pan concedesse direito de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato ao Planalto, em razão de declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas ou ofensivas ao petista.

A Corte também tinha aberto uma investigação eleitoral a pedido do PT para que fosse apurado se a emissora tratou Lula com falta de isonomia em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Jovem Pan afirmou, em editorial, que estava sob "censura", mas teria enviado ordem aos comentaristas para não usarem termos ofensivos contra Lula.

Veja novo editorial da Jovem Pan

Em editorial, nesta segunda-feira (31), após vitória de Lula, o Grupo Jovem Pan disse que renova "compromisso com a democracia".

O texto também afirma que o grupo de comunicação "não vai se omitir e jamais vai aceitar afrontas ao Estado Democrático de Direito e a destruição de nosso país".

Leia a íntegra:

Milhões de brasileiros foram às urnas neste domingo, 30, para escrever um novo capítulo de nossa história. Homens e mulheres manifestaram, por meio do voto, os desejos para a construção do Brasil do amanhã. Cada voto depositado na urna é soberano e carrega consigo a confiança do eleitor no candidato escolhido.

Ninguém pretende, como disse Winston Churchill, que a democracia seja perfeita ou sem defeitos. Sabemos que há muito o que ser melhorado, e, por isso, devemos ser instrumentos para a construção de uma democracia, sólida e plena, a cada novo dia.

Jamais devemos ser agentes de destruição e de enfraquecimento desse regime que, entre todos os outros, é o único que nos dá perspectivas de um amanhã melhor porque sempre pode ser aperfeiçoado com a participação de todos.

Neste domingo, com a proclamação do presidente que conduzirá o país pelos próximos quatro anos, renovamos nosso compromisso com o Brasil, com a democracia, com a nossa Constituição cidadã e com os Poderes e Instituições que sustentam a nossa República.

Os candidatos que disputaram as eleições deste ano devem ter esse compromisso claro e serem os primeiros — tenham vencido ou não — a manifestar a defesa e a confiança na decisão soberana do povo.

É dever do novo mandatário dar continuidade aos avanços econômicos conquistados até aqui; é papel do novo governo manter o foco nas agendas de desburocratização e de desestatização que tornarão nossa economia mais forte; é missão do novo governo combater as desigualdades sociais não com assistencialismo barato, mas por meio da criação de oportunidades; é obrigação do novo governo não promover o escárnio com o dinheiro público, seja por meio de corrupção ou do aparelhamento das estatais, mas empregá-lo no desenvolvimento do país. É dever do novo governo garantir as liberdades individuais, zelar pela liberdade de expressão e pela manutenção de uma imprensa livre.

Por fim, é dever do novo governo agir para a construção de um projeto de país, jamais de um projeto pessoal do governante ou de um partido político.

Jovem Pan não apenas acredita e defende esses deveres e obrigações como será vigilante para que sejam cumpridos, porque este é o nosso compromisso com o público que nos acompanha há 80 anos.

A Jovem Pan continuará atuando em defesa da sociedade, da família, das liberdades individuais, de um Estado mínimo e menos paternalista e do desenvolvimento econômico e social.

E mais importante: a Jovem Pan não vai se omitir e jamais vai aceitar afrontas ao Estado Democrático de Direito e a destruição de nosso país.

 

Tags

Autor