MARGARETH MENEZES NA CULTURA

Quem é Margareth Menezes, nova ministra da Cultura no governo Lula. Veja currículo e formação

Cantora baiana Margareth Menezes tem vasta carreira no axé e no samba-reggae, tendo experiência em gestão de ONG, produção cultural e projetos de economia criativa

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Emannuel Bento

Publicado em 13/12/2022 às 12:16 | Atualizado em 13/12/2022 às 15:36
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A cantora Margareth Menezes informou nesta terça-feira (13) que aceitou o convite do presidente eleito Lula (PT) para assumir o Ministério da Cultura a partir de 2023.

 

A artista baiana concedeu uma coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição de governo.

Ela estava nessa equipe ao lado de nomes como Antônio Marinho (músico e poeta), Juca Ferreira (ex-ministro da Cultura), Lucélia Santos (atriz) e Márcio Tavares (secretário do PT).

JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO
CULTURA Margareth Menezes será anunciada como Ministra da Cultura do Governo Lula - JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO
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CULTURA Margareth Menezes será anunciada como Ministra da Cultura do Governo Lula - JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO
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CULTURA Margareth Menezes será anunciada como Ministra da Cultura do Governo Lula - JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO

"Foi uma conversa [com Lula] muito animadora para a gente que é da área da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão mesmo. Foi uma surpresa para mim também", declarou a artista.

O anúncio foi celebrado por parte considerável da esquerda. Além da experiência com projetos sociais e produção cultural, Menezes traz a representatividade de uma mulher negra - o que não foi visto no anúncio da última sexta-feira (9), quando cinco homens brancos foram revelados como ministros.

A escolha também relembra o passe do primeiro governo Lula, em 2002, quando Gilberto Gil - também negro e baiano - foi empossado como ministro da cultura.

Quem é Margareth Menezes, Ministra da Cultura de Lula. Confira currículo

Margareth Menezes da Purificação nasceu em 1962, na Boa Viagem, região da Península de Itapagipe, Salvador. Sua veia artística aflorou ainda cedo, por conta da influência de sua família.

A baiana chegou aos palcos primeiro pelo teatro, participando do grupo teatral do Centro Integrado de Educação Luiz Tarquínio.

Em 1983, ela participou da fundação do Gran Circo Troca de Segredos, espaço cultural que revolucionou a cena cultural de Salvador.

SITE MARGARETH MENEZES/REPRODUÇÃO
CULTURA Margareth Menezes tem carreira celebrada na música e em projetos sociais - SITE MARGARETH MENEZES/REPRODUÇÃO
SITE MARGARETH MENEZES/REPRODUÇÃO
CULTURA Margareth Menezes tem carreira celebrada na música e em projetos sociais - SITE MARGARETH MENEZES/REPRODUÇÃO

Margareth Menezes deu início a sua carreira musical em 1986, fazendo uma turnê pela Bahia. No ano seguinte, passa a realizar participações em gravações e em festivais.

É dessa época o sucesso "Faraó - Divindade do Egito", que lançou junto com Djalma Oliveira.

Seu primeiro disco, auto-intitulado, chega em 1988. Logo a cantora despontou como um dos principais nomes como axé e samba reggae, fazendo shows em todo o mundo.

Margareth Menezes: Conheça os projetos sociais da cantora

JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO
CULTURA Margareth Menezes será anunciada como Ministra da Cultura do Governo Lula - JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO
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CULTURA Margareth Menezes será anunciada como Ministra da Cultura do Governo Lula - JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO

Em 2005, Menezes lançou o Movimento Afropop Brasileiro, bloco sem cordas que festeja a cultura negra no Brasil.

O Afropop recebe apoio de grandes blocos afro (Ilê Aiyê, Muzenza, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy e MalêdeBalê), além de reunir nomes como Gilberto Gil, Daniela Mercury, Lazzo, Roberto Mendes, Virgínia Rodrigues, Mariene de Castro, entre outros.

Em 2008, ela deu início às atividades da Fábrica Cultura, seu projeto social. A ONG começou atuando na Ribeira (bairro onde morou na infância), oferecendo cursos profissionalizantes para jovens e oficinas de arte e educação para crianças.

Atualmente, através do apoio de instituições parceiras, a Fábrica Cultural conta com quatro sedes na Península de Itapagipe, uma no Bonfim e um novo espaço no bairro do Jardim Cruzeiro. O projeto desenvolve importantes projetos, como o Na Trilha da Cidadania, o Circulando Arte e o Conversa na Varanda.

Ela também idealizou o Mercado Iaô, evento realizado numa antiga fábrica e que reune música, moda, gastronomia, artesenato e economia criativa.

Ela ainda é embaixadora da IOV-UNESCO, grupo que visa preservar e fomentar a produção cultural. Em 2022, ela foi eleita uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo pela lista da Most Influential People of African Descent 

 

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