Rio de Janeiro
Escritora Nélida Piñon deixa 4 apartamentos de herança para suas 2 cachorras
Somente após a morte dos dois animais é que os imóveis poderão ser vendidos
Do Estadão Conteúdo
A escritora Nélida Piñon, que morreu no sábado aos 85 anos, foi incisiva em sua herança: os direitos autorais de sua obra e a posse de seus apartamentos no Rio de Janeiro passam para suas cachorras, a pinscher Suzy, de 13 anos, e a chihuahua Pilara, de 3.
Somente após a morte dos dois animais é que os imóveis (quatro apartamentos em um mesmo prédio, um edifício de luxo à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio) poderão ser vendidos. "É a casa delas", determinou a autora.
Em seguida, na linha de beneficiários, está Karla Vasconcelos, que foi acompanhante e responsável por Nélida nos últimos anos. A escritora, que foi a primeira presidenta da Academia Brasileira de Letras, estava em Lisboa e morreu vítima de complicações de uma cirurgia na vesícula. A ABL negocia, com a Embaixada brasileira em Portugal, o traslado do corpo, que deverá ser enterrado no mausoléu da academia, no Rio, onde já está enterrada sua mãe.
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GRAVETINHO
Era notória a paixão de Nélida pelos animais, cães em particular. Um de seus principais bichos foi o pinscher Gravetinho, que morreu de pneumonia em 2017, depois de 11 anos de convivência. "Ele é muito astuto, sempre me surpreende quando volto de viagem e vou encontrá-lo", comentou a autora ao Estadão em 2012. "Animais são muito astutos, mais até que o Ulisses de Homero."