METÁSTASE NO CÉREBRO: Entenda o que é metástase cerebral, que causou morte de Glória Maria
A jornalista Glória Maria, da TV Globo, morreu nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, em decorrência de metástase no cérebro
A jornalista Glória Maria, da TV Globo, morreu nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, em decorrência de metástase no cérebro.
Glória Maria recebeu diagnóstico de câncer de pulmão em 2019, obtendo sucesso no tratamento com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, também com êxito incialmente.
A jornalista descobriu o tumor no cérebro ao fazer uma ressonância magnética após desmaiar e bater a cabeça na cozinha de casa, ela estava afastada da Rede Globo desde dezembro.
Em 2022, Glória Maria iniciou uma nova fase do tratamento para a combater metástase cerebral, mas não resistiu. Ela estava internada no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio.
Entenda o que é metástase no cérebro
A metástase ocorre quando as células cancerosas se espalham pelo corpo e formam novos tumores.
“A metástase cerebral é formada quando há algum tumor no organismo que despende fragmentos microscópicos que chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea, elas são bastante comuns entre os tumores cerebrais e podem se derivar de tumores em qualquer parte do corpo”, explicou o neurocirurgião Bruno Burjaili.
Principais sintomas da metástase no cérebro
Segundo o médico, a metástase no cérebro pode ser assintomática ou desencadear sintomas como:
- dores de cabeça
- crises epilépticas
- perda de força nos membros
- déficit neurológico
- perda de visão
“No caso da Glória Maria, a condição foi descoberta após um desmaio que pode ter sido causado por um aumento da pressão intracraniana, que pode ser responsável por reduzir ou cortar momentaneamente a perfusão de sangue no cérebro, causando síncopes”, esclarece o doutor Burjaili.
RELEMBRE A TRAJETÓRIA DE GLÓRIA MARIA
Tratamento da metástase no cérebro
De acordo com o neurocirurgião, a melhora ou evolução do quadro de metástase no cérebro varia de acordo com diversos fatores, “como o tumor primário do paciente, idade do paciente, gravidade do caso, entre outros, o que pode fazer com que o quadro não possa ser revertido e sejam aplicados apenas tratamentos paliativos”.
“Pode ser realizada uma cirurgia, na qual o neurocirurgião realiza a secção da metástase utilizando um microscópio cirúrgico, também pode ser usada a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, mas o tratamento nesses casos é bastante individualizado de acordo com o caso de cada paciente”, acrescentou.