MÚSICA

Conheça Tagua Tagua, projeto de música alternativa que estreia turnê nacional no Recife

'Tanto', novo álbum do projeto criado por Felipe Puperi, mescla neo soul, dream pop, indie rock e R&B; show ocorre no Estelita, Zona Sul

Emannuel Bento
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Emannuel Bento
Publicado em 27/04/2023 às 16:01
GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO
Tagua Tagua, projeto do produtor musical Felipe Puperi - FOTO: GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO

Criado pelo produtor musical Felipe Puperi, o projeto Tagua Tagua vem se destacando no circuito da música alternativa, tendo o seu primeiro disco (Inteiro Metade, 2020) incluído na lista de melhores do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Agora, ele roda o Brasil com turnê para divulgar o seu sucessor “Tanto”, começando pelo Recife, nesta sexta-feira (28), a partir das 21h.

Com dez faixas, “Tanto” é um disco capitaneado pelo neo soul, embora também traga um dream pop, indie rock e R&B. “É um álbum mais direto ao ponto, fala de uma mesma maneira sobre um mesmo tema. Ele consegue ser uma coisa só sobre esse tema do apaixonar por se apaixonar e se encantar pelas coisas, pessoas, encontros, e acho que, por conta disso, de certa forma, acaba sendo um álbum leve, que vai flutuando, fluindo… começa na música um e sai na música dez com uma mesma sensação, você não sai do álbum”, descreve o artista, ao JC.

GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO
Tagua Tagua, projeto do produtor musical Felipe Puperi - GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO

Felipe Puperi já esteve à frente da banda Wannabe Jalva, que tem um currículo extenso no cenário independente: já se apresentou no Lollapalooza, abriu shows de Pearl Jam e Jack White. O projeto Tagua Tagua nasceu em 2017, com primeiro disco lançado em 2020: “Inteiro Metade” - que mesclava psicodelia tropical, iê iê iê e influência das figuras do funk e do soul.

"Não era o meu propósito trabalhar o neo soul, foi algo que foi surgindo naturalmente. E sempre gostei desse ritmo, é uma coisa que eu escuto muito, o soul tanto nacional quanto o de fora, principalmente dos anos 1970, mas tenho escutado muita coisa nova que vai nessa vertente também", diz, sobre o atual trabalho. "Então, acabei naturalmente compondo coisas nessa levada. E não era uma coisa que eu acho que tinha no Wannabe Jalva, que estava mais ligada ao indie rock psicodélico".

Sobre o nome exótico do projeto, ele explica que surgiu por conta de uma viagem feita para o Chile, em 2016. "Eu nem sabia onde estava direito, porque era uma cidade pequena, e aí uma pessoa disse que a gente estava em San Vicente de Tagua Tagua, e Tagua Tagua era o nome do lago que cercava todo o lugar. Aquela viagem já estava sendo super marcante pra mim porque eu viajei já com essas ideias de fazer músicas em português. E aí, voltei de lá com aquele lago e todas as coisas na cabeça. Foi aí que virou Tagua Tagua", conta.

"Mas demorei bastante pra lançar músicas. Depois que lancei os primeiros singles em 2018, a chave começou a virar mesmo porque fui entendendo aos poucos o que era esse projeto, o que eu queria mostrar musicalmente ou como me expressar na música. Começou nessa coisa mais ziriguidum, passou por vários lugares e até chegar onde a gente está aqui agora."

Recentemente, Tagua Tagua excursionou pela Europa, se apresentou no festival SXSW e também na costa oeste dos Estados Unidos. O projeto também emplacou uma música no “FIFA 20” e abriu shows para a banda americana The Growlers, nos Estados Unidos.

GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO
Tagua Tagua, projeto do produtor musical Felipe Puperi - GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO
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Tagua Tagua, projeto do produtor musical Felipe Puperi - GUILLERMO CALVIN/DIVULGAÇÃO

“Acho que a língua portuguesa cria um diferencial sim, e que mais abre espaço do que fecha, atualmente”, diz, sobre a música lusófona no exterior. “Mas, claro, se for pensar no mundo inteiro, coisas em inglês tem mais audiência, mais alcance, o inglês é uma língua universal. Mas se você pensar que tem um espaço grande para coisas que falam com determinadas comunidades, e para músicas regionais, étnicas, falo da questão da sonoridade mesmo. Quando viajo, vejo muita música da Turquia, da Arabia tendo espaço e, se você for pensar, ninguém entende nada do que estão cantando, mas tem uma sonoridade naquela língua e isso cria um diferencial”.

A atual turnê começa pelo Recife por uma coincidência, mas também porque existia uma vontade de começar pelo Nordeste. “Recife foi uma cidade onde fui muito bem recebido quatro anos atrás; A maior curiosidade disso tudo é que tocamos no exato dia que vamos tocar dessa vez, 28 de abril. Isso é meio cabalístico, e não foi pensado, uma coincidência gigante. E muito legal começar por Recife, é uma cidade que eu adoro e tem tudo pra ser um show lindo”, finaliza.

SERVIÇO
Tagua Tagua apresenta “Tanto BR Tour”
Onde: Estelita (Avenida Saturnino de Brito, 385. Cabanga)
Quando: nesta sexta-feira (28), a partir das 21h
Quanto: R$ 80, R$ 45 (meia social) e R$ 40 (meia), à venda no Sympla
https://www.sympla.com.br/evento/tagua-tagua-em-recife/1899469

Agenda de Tagua Tagua
28 de abril: Recife, Estelita
29 de abril: João Pessoa, Vila do Porto
05 de maio: Goiânia, Shiva Alt Bar
06 de maio: Brasília, Infinu
13 de maio: Rio de Janeiro, Galpão da Lapa
19 de maio: São Paulo, Casa Natura Musical
26 de maio: Belo Horizonte, Autêntica
02 de junho: Porto Alegre, Agulha
03 de junho: Florianópolis, Desgosto
10 de junho: Curitiba, Arnica

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