PREMIAÇÃO

Prêmio Jabuti cria categoria 'Escritor Estreante' e quer dialogar com 'booktokers'

Outra mudança ocorre premiação em dinheiro do Livro do Ano, que passa a ser de R$ 70 mil e não de R$ 100 mil como anteriormente; mudanças foram anunciadas pela Câmara Brasileira de Livros (CBL)

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Publicado em 28/04/2023 às 15:37
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Câmara Brasileira do Livro (CBL) iniciou a 65ª edição do Prêmio Jabuti - FOTO: DIVULGAÇÃO

Do Estadão Conteúdo

O Prêmio Jabuti, um das mais tradicionais premiações literárias do País, anunciou nesta duas novidades para a sua 65ª edição. Uma delas é a criação de uma nova categoria, a de Escritor Estreante, dentro do Eixo Inovação. Com isso, as categorias passam de 20 para 21.

A notícia foi dada pelo curador do Jabuti, Hubert Alquéres, que assumiu o posto da premiação concedida pela Câmara Brasileira de Livros (CBL) há poucos dias, em uma coletiva de imprensa realizada no Colégio Bandeirantes, do qual ele é diretor. A presidente da CBL, Sevani Matos, também participou do encontro com os jornalistas.

Para Alquéres, premiar os estreantes é uma forma de valorizar a escrita. "É uma oportunidade de novos escritores alcançarem um público mais amplo e gerar mais possibilidades para o seu trabalho. Isso pode ser especialmente importante para os que estão estreando no mundo literário. A ideia também é que o prêmio seja um estímulo para que as pessoas comecem a escrever seus próprios livros", diz.

A nova categoria tem algumas regras. A obra precisa ser um romance literário ou romance de entretenimento. O autor precisa estar vivo e ser o único escritor da obra. A publicação não poderá concorrer ao prêmio de Livro do Ano. O valor da premiação segue as demais categorias, R$ 5 mil.

Para o autor que for premiado na categoria mais cobiçada do Jubuti, a de Livro do Ano, também há uma novidade. O escritor será contemplado com uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt de 2024, o maior e mais importante encontro editorial do mundo. A premiação em dinheiro passa a ser de R$ 70 mil e não de R$ 100 mil como anteriormente.

Para Sevani Matos, da CBL, a viagem, tratada pelos organizadores como uma oportunidade para negócios e não como um passeio turístico, tem como objetivo dar visibilidade mundial para o Livro do Ano e, consequentemente, para o Jabuti. O livro vencedor de 2022 foi Também guardamos pedras aqui, escrito por Luiza Romão

"A participação do autor vencedor na Feira de Frankfurt é uma maneira de incentivar que agentes literários de outros países se interessem em traduzir obras brasileiras. Queremos engrandecer os autores brasileiros", disse Sevani.

A organização do Jabuti e a CBL também estão dispostos a dialogar com os leitores que estão nas redes sociais, sobretudo os ‘booktokers’, aqueles que comentam e divulgam livros na plataforma de vídeos Tik Tok.

"Não basta apenas divulgar os premiados, mas é preciso ouvir e os leitores que torcem e acompanham seus autores favoritos nas redes sociais. O Jabuti é para todos e não apenas para quem está no mundo literário", comentou Sevani.

O comitê do Jabuti ainda irá definir , ao longo dos próximos meses, os jurados - - serão 63, ao todo - de cada categoria . O processo inclui uma consulta pública - é possível se candidatar para apreciar as obras - e seleção. Os nomes só são anunciados para o público no dia da premiação.

Ainda será anunciado quem será o grande homenageado do ano na premiação. Nos anos anteriores foram condecorados nomes como Adélia Prado, Sueli Carneiro e Ignácio de Loyola Brandã

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