SÃO PAULO

Bienal divulga lista com mais de 90% de artistas negros e não brancos

Este ano, a mostra é organizada por quatro curadores e tem como tema "Coreografias do Impossível"

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Mirella Araújo

Publicado em 29/04/2023 às 19:00 | Atualizado em 29/04/2023 às 19:02
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Estadão Conteúdo

"Coreografias do Impossível" é o tema da 35.ª Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro. Este ano, a mostra é organizada por quatro curadores - os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo, e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc.

Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, foi lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal.

"A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar", pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal.

"É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia", adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

 

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