A MENINA SEM NOME: NOVOS DOCUMENTOS REVELAM o que aconteceu com a menina morta no RECIFE
Relembre a história da "Menina sem nome", um dos túmulos mais visitados no Recife.
No dia 2 de novembro, quando é celebrado o Dia de Finados, um túmulo é sempre visitado no maior cemitério do Recife, em Santo Amaro: o da Menina Sem Nome.
Devotos e alguns curiosos sempre se reúnem no local, que já virou um santuário e é um dos túmulos mais visitados do Brasil não apenas no Dia de Finados, mas durante todo o ano.
A MENINA SEM NOME
Brinquedos, doces, objetos em formato de pedido e agradecimentos: é o que se encontra no túmulo da menina sem nome.
Diz a história que a criança foi encontrada morta de maneira brutal na Praia do Pina, Zona Sul do Recife.
Ela estava amarrada e com sinais de violência mas, um laudo pericial constatou que ela ainda era virgem. Pelo tamanho, aparentava ter por volta de 8 anos de idade.
O nome dela nunca foi descoberto e investigações chegaram a prender um homem acusado do crime, porém ele morreu sem ser condenado.
MENINA SEM NOME: a história de um dos TÚMULOS dos mais visitados em Pernambuco
DOCUMENTOS REVELAM O QUE ACONTECEU COM A MENINA SEM NOME
Na noite deste domingo (04), o Fantástico, programa da Rede Globo, mostrará documentos que revelam o que aconteceu com a menina sem nome.
Já fazem 53 anos desde o assassinato e os detalhes serão divulgados durante o programa.
São 53 anos de mistério. Documentos inéditos mostram o que realmente aconteceu com a "menina sem nome", enterrada como indigente e que tem uma legião de devotos no Recife. Veja neste domingo (4), no #Fantástico: https://t.co/djjO1MGfYI
— Fantástico (@showdavida) June 2, 2023
NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE O CASO
Em 23/06/70, uma equipe da perícia foi ao local do crime e observaram que se tratava de uma menina negra, de aproximadamente 8 anos, com cabelo liso e vestia um biquíni azul claro.
"Era grande para o tamanho dela", disse a perita da época, em entrevista.
A causa da morte, segundo os documentos revelados, foram asfixia e aspiração de grãos de areia. Se estivesse viva, teria 61 anos.
O documento do IPT (Instituto de Polícia Técnica), atual IML (Instituto Médico Legal) tem um documento que data de 2 de julho de 1970, nove dias após encontrarem o corpo da "menina sem nome".
Assinam o documento:
- Maria Teresa Pinto Moreira - perita criminal
- Petrus Monteiro de Meneses Rocha - Técnico criminal
- Antônio Creosola - Fotógrafo
- Manoel Pereira Lima - Investigador da Polícia
- Elisa Moreira Barros - Auxiliar de escrita
A perita Maria Teresa falou sobre como foi chegar ao local do crime:
"Toca a sirene. Uma sirene bem escandalosa. A gente saiu no carro, um jipe. Chamado para a praia de Boa Viagem. A gente foi, chegou lá, muita gente, o que dificultava o exame. O corpo dela estava coberto com um lençol".
Segundo a perita, a menina possuia machucados próximos ao pescoço, no formato que indicava o uso de algum objeto perfurocortante, como uma faca, por exemplo.
Porém, não haviam gotas de sangue pelo corpo. A menina foi encontrada na Praia de Boa Viagem na altura do número 358, que já não existe atualmente.
Hoje há quadras de tênis no local que foram construídas com o passar dos anos.
OBJETOS ACHADOS NA CENA DO CRIME
Segundo o relatório do IPT, foram achados os seguintes objetos na cena do crime:
- uma camisa rasgada
- uma lata de sardinha aberta
- um lenço de algodão com manchas amarelas
- uma corda em volta do pescoço da menina
- quatro sandálias de borracha que não formavam pares
- um cinto usado
DOCUMENTÁRIO SOBRE A MENINA SEM NOME
O JC fez um documentário contando a história: A Menina Sem Nome - A história por trás de um dos túmulos mais visitados do Brasil.
Dividido em quatro episódios, você pode conferir assistindo o primeiro logo abaixo: