O 31º Festival de Inverno de Garanhuns teve a sua segunda noite de shows neste sábado (22), com uma Praça Mestre Dominguinhos mais vazia do que na abertura da última sexta-feira (21).
A banda O Teatro Mágico deu a tônica da noite, com suas performances que mesclam as músicas, palhaçaria e artes circenses, como malabarismo, combinando bastante com a proposta do festival.
Logo em seguida, o show conjunto de Leoni e George Israel, músicos que integraram o Kid Abelha, também empolgou o público com um passeio pelo pop e pop-rock brasileiro dos anos 1980 e 1990.
Contudo, foi uma noite "morna", tanto em relação à lotação (em muitos momentos, a multidão só ia até a área técnica de luz e som), quanto à reação do público. Logo quando foi anunciada, a programação do 31º FIG sofreu críticas por atrações não tão "chamativas".
Apesar das boas apresentações, talvez tenha faltado um "elemento X" que atraísse mais pessoas, fazendo-as conhecer mais as demais atrações - como costuma ser a experiência de festivais.
Saiba como foram os shows
Quem abriu a noite foi a banda Os Valvulados, que fez uma homenagem à Rita Lee com vários sucessos da Rainha do Rock.
Em seguida, se apresentou o artista Erisson Porto, músico de Caruaru que mescla raízes regionais e psicodelia. A apresentação passeou por todos os seus álbuns, marcados por uma poesia engajada e críticas atuais.
Dando continuidade ao clima de psicodelia, Lula Queiroga trouxe toda a sua bagagem de violões e guitarras distorcidas para o palco do FIG. Ele apresentou faixas como "Atirador", "Noite Severina", "Tem Juízo Mas Não Usa" e "Alzira e a Torre'.
A atenção do público pareceu ser realmente captada ao início do Teatro Mágico. "A última vez que estivemos aqui foi em 2008. Já fazem mais de 15 anos. É uma alegria gigante estar aqui novamente, sobretudo numa noite com o Lula Queiroga, que é amigo nosso", disse o vocalista Fernando Antinelli.
O artista ainda ressaltou a importância da presença de artistas locais e independentes no palco principal. "É importante que fomentem a cultura local e os negócios do entorno. O que tiramos do encontro aqui hoje? Podemos fomentar, aplaudir e contribuir para que festivais assim continuem sempre. Eu tenho certeza que esse daqui não se acaba nunca, pois se tornou esse local de unir cabeças distintas e sons diferentes".
Com a banda, a Praça Dominguinhos cantou junto sucessos como "Pena", "Quando a Fé Ruge", "O Sol" e a "Peneira e Perdoando o Adeus". No final do show, o vocalista leu uma lista de agradecimentos e uma forte vaia tomou conta do pátio quando o Governo de Pernambuco foi citado.
Leoni chegou a fazer uma participação no show, durante "O Anjo mais Velho". Com certo atraso e sob chuva, a dupla Leoni e George e Israel instigou coros com "Eu Tive Um Sonho", "Por Que Não Eu?", "Lágrimas e Chuva", "Garotos" e a emblemática "Pintura Íntima", que embalou a despedida.
Mais FIG
Neste primeiro final de semana, o Palco Mestre Dominguinhos ainda terá shows de Geraldo Azevedo, Liv Moraes com Gennaro, Beto Hortis, Luizinho do Serra e Terezinha do Acordeon e Simone Mendes (domingo).
Além da programação musical, estão confirmadas ações de literatura, formação, teatro, circo, audiovisual, dança, cultura popular, patrimônio, design, moda, artes visuais, fotografia e artesanato.