Manguebeat: Evento com Nação Zumbi e mais toma conta do Recife Antigo nesta quarta (10). Veja horários

O Cais da Alfândega, no Recife Antigo, será palco da celebração de 30 anos de manguebeat nesta quarta-feira (10), véspera de feriado, a partir das 21h. O manifesto "Caranguejos com Cérebro", marco inicial do movimento, completou três décadas no ano passado.

O palco do "Manguezassa" ficará bem em frente ao monumento Caranguejo Manguebeat 2, com show de Nação Zumbi (00h) com participação da cirandeira Lia de Itamaracá, Jéssica Caitano, da nova geração pernambucana, e Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado.

Ainda se apresentam, antes, Banda Eddie (21h20), com o álbum "Carnaval Chanson", Mundo Livre S/A (22h10) e Devotos (23h), celebrando 35 anos de carreira. DJ Damata toca nos intervalos.

A realização do evento é uma parceria das produtoras Onzex e Feel Good, com patrocínio da Devassa e co-realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e do Recentro.

Além do evento no Cais da Alfândega, a iniciativa contará com uma "contrapartida" para o Centro, através do patrocinador do evento junto ao Recentro. Um mural será pintado em um prédio na Praça do Sebo, em Santo Antônio, que será revitalizada.

Mangue

O manguebeat nasceu no Recife nos anos 1990, trazendo uma fusão única de ritmos regionais nordestinos com influências do rock, hip-hop e da música eletrônica. A curadoria do evento foi feita pela Nação Zumbi.

Em 2022, a falta de um evento desse porte para celebrar o mangue foi motivo de críticas no meio cultural. Homenagens foram prestadas em eventos como Fenearte e Festival de Inverno de Garanhuns, com o projeto Manguefonia, mas faltava algo neste formato.

"A gente viu toda uma cultura sendo ovacionada e valorizada depois que aconteceu o movimento mangue: literatura, artes plástica, cinema, dança, moda e principalmente a música. Com o manguebeat, Recife entrou no calendário mundial da música e da arte. Começaram a olhar a cidade não como a quarta pior do mundo, mas como uma cidade cultural", diz Canibal, dos Devotos, ao JC.

"Esse movimento foi para as periferias, para a Zona da Mata, para o Agreste. Todos se valorizaram. Deixamos a baixo autoestima e dissemos que fazíamos cultura. Os maracatus, os caboclinhos, a bandas de rock, grupos de coco... foi uma efervescência que o mangue trouxe para Pernambuco".

Estrutura

O evento será realizado nos moldes já conhecidos dos shows no Cais da Alfândega. O palco será montado ao lado da Livraria Jaqueira, com acesso será único pelo início do caís, com fiscalização para evitar a entrada de armas de fogo e objetos cortantes.

A entrada será fechada assim que o espaço estiver com lotação máxima. O mapa do evento conta com espaços reservados para 20 bares, diversos banheiros químicos e dois postos médicos. Ainda existirá uma área especial para acessibilidade.

Mobilidade

A Prefeitura do Recife vai atuar no ordenamento urbano e na mobilidade para o evento Manguezassa, que acontece nesta quarta-feira (11), no Cais da Alfândega, a partir das 21h. O evento está marcado para acabar às 1h30.

Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU) montou um esquema de trânsito e mobilidade para auxiliar condutores e pedestres. Para garantir a segurança viária dos participantes, os bloqueios serão feitos no Cais do Apolo a partir da Avenida Rio Branco, até a descida da Ponte Giratória.

Os motoristas terão como rota alternativa seguir pela Rua Madre de Deus, retornando pela Rua Vigário Tenório e saindo do bairro pela Avenida Alfredo Lisboa. Agentes da CTTU estarão no local monitorando e orientando o trânsito.

A Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) atuará no ordenamento do espaço urbano e do comércio popular. Haverá bloqueios nas principais vias de acesso ao Cais da Alfândega para que seja observado o cumprimento da Lei 14.133/2010, que proíbe a comercialização e utilização de vasilhames de vidro em eventos com mais de mil pessoas. Todo o comércio de comidas e bebidas só poderá ser realizado fora do perímetro de segurança definido pela organização do show.