ARTES CÊNICAS

Festival de Dança Internacional traz 15 espetáculos gratuitos para o Recife; veja programação

Homenageando a bailarina Mônica Lira, do Grupo Experimental, programação ainda conta com oficinas, lançamentos de livros, mesas de debate; atrações internacionais são da Bélgica e da França

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Emannuel Bento

Publicado em 19/10/2023 às 18:56
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A dança de Pernambuco, de várias partes do Brasil e até do mundo toma conta dos palcos e das ruas do Recife até a próxima quinta-feira (26), durante a 26ª edição do Festival de Dança Internacional do Recife. Com o tema "Dança e Existência", a programação gratuita contará com 15 espetáculos: 10 pernambucanos, 3 nacionais e 2 internacionais. Ainda com oficinas, lançamentos de livros, mesas de debate, apresentação de filmes e batalha de breaking.

Os espetáculos serão apresentados em palcos convencionais e célebres da cidade, como os teatros de Santa Isabel, do Parque, Barreto Júnior, Apolo, Hermilo e também em espaços públicos e palcos alternativos, como o museu Paço do Frevo, o Parque Dona Lindu, o bairro de Brasília Teimosa e o Espaço Redemoinho, no Recife Antigo, próximo à comunidade do Pilar. Toda a programação será gratuita. Nos teatros, em função da capacidade de público, os ingressos serão distribuídos na bilheteria, uma hora antes do início de cada apresentação, por ordem de chegada.

A partir deste ano, o Festival abre espaço para grupos e artistas iniciantes, no Projeto Primeira Cena, que será realizado na quarta-feira (25), no Teatro Hermilo Borba Filho, a partir das 19h, apresentando artistas e independentes e suas performances.

O evento é realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e homeganeia bailarina, realizadora e estudiosa da dança Mônica Lira e a seu celebrado Grupo Experimental.

Internacionais

As atrações internacionais são da Bélgica e da França. A companhia belga Félicete Chazerand fará sua estreia em palcos brasileiros, apresentando o espetáculo "Sous Les Plis", dedicado ao público infantil.

A francesa R.A.M.a, que já veio ao Recife, também chegará cheia de novidades: apresentará uma versão inédita de “Générations - battle of portraits”, remontada com a participação do bailarino brasileiro Enoque Viana, para transpirar a realidade do país. O espetáculo trata de etarismo, celebrando e congraçando corpos de gerações distintas, para falar da beleza e da potência que cada idade é capaz de expressar, arranjando de maneiras completamente diferentes músculos, sabedorias e delicadezas.

Nacionais

Entre os espetáculos nacionais, estrearão no Recife, respectivamente, "Lança Cabocla", do grupo Plataforma Lança Cabocla, de Fortaleza/São Luís/Salvador e "Sociedade dos Improdutivos", do grupo paulista Cia Sansacroma, que abrirá a programação do Festival, nesta quinta-feira (19), às 19h, levando um elenco de seis bailarinos e três músicos para cima do palco do Teatro de Santa Isabel, para falar sobre loucura e sofrimento psíquico, na perspectiva de corpos negros.

BRICE PELLESCHI
Générations (Cia RAMa) integra a programação do Festival de Dança do Recife 2023 - BRICE PELLESCHI
ROGÉRIO ALVES
Grupo Experimental, homenageado Festival de Dança do Recife 2023 - ROGÉRIO ALVES
MARCELO MACHADO
Sociedade dos Improdutivos, da Cia Sansacroma, integra a programação do Festival de Dança do Recife 2023 - MARCELO MACHADO
VANDREDI
Sous Les Plis, da Cia Félicete, integra a programação do Festival de Dança do Recife 2023 - VANDREDI

O Coletivo Tripé, de Petrolina, completa a lista de participações nacionais, com a reapresentação de "Eu cá com meus botões", voltado para o público infantil. Dos grupos locais, a grande estreia fica por conta do Grupo Experimental, dirigido por Mônica Lira, criadora e criatura homenageadas nesta 26ª edição, que volta a abraçar o mundo. O grupo apresentará seu novo e inédito espetáculo "Caosmose", em quatro sessões, no Espaço Redemoinho, no Recife Antigo, nesta sexta (20), sábado (21) e domingo (22).

Depois volta à programação no último dia de Festival, a quinta-feira (26), quando mostrará uma versão também inédita - e especialmente concebida para o evento - de seu aclamado "Pontilhados", no Teatro do Parque. Na ocasião, o grupo traduzirá para várias linguagens artísticas sua importância para a cultura do Recife, apresentando ainda o documentário "Conceição em nós" e lançando o livro "Pontilhados: dançando experiências humanas em mundos desumanos".

Subirão ainda aos palcos do 26º Festival de Dança os grupos: Grupo Agridoce, Grupo Totem e a Cia Etc, além dos artistas Rebeca Gondim, Marcela Rabelo e Cláudio Lacerda, que há anos se dedicam a encher a cidade de movimento.
A programação deste ano encerra como a 25ª edição começou, numa batalha de breaking, que celebra a dança e os movimentos culturais que emanam no asfalto.

Formação

Os participantes também serão convidados a discutir sobre dança, a partir de dois recortes: acessibilidade e videodança, em duas mesas de debate, nos dias 21 e 22, protagonizadas por artistas como Estela Lapponi, jornalista, performer e videoartista paulistana, que investiga o discurso do corpo com deficiência, e os bailarinos Carmen Luz, Edson Vogue e Marina Mahmood, que exploram palcos e telas como plataformas artísticas. Os debates acontecem no Paço do Frevo e no Teatro do Parque, respectivamente, e serão abertos ao público, por ordem de chegada.

O Festival também promoverá três oficinas, entre os dias 19 e 25, ministradas por Carmem Luz, Estela Lapponi e Jessé, para profissionais da dança. As inscrições serão gratuitas e deve ser feitas pela internet.

Confira a programação completa:

Dia 20 (sexta-feira)
17h - “Sous Les Plis”, da Cia Félicete Chazerand (Bélgica), no Teatro de Santa Isabel
19h e 21h - “Caosmose”, do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Redemoinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo
20h30 - “Lança Cabocla”, da Plataforma Lança Cabocla (Fortaleza/São Luís/Salvador), no Teatro Barreto Júnior

Dia 21 (sábado)
10h - "Território de Passos e Sonhos", do Grupo Deveras (Recife) + Lançamento do livro "Deveras, a Arte Teimosa na Brasília", no Largo Padre Jaime, Rua Carapina (em frente à igreja católica de Brasília Teimosa)
15h - Mesa de debate Acessibilidade e Arte, com Estela Lapponi (SP), Matheus Pimentel e mediação de Andreza Nóbrega, no Paço do Frevo
18h - "Caosmose", do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Redemoinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo
19h - "Mar Fechado", do Grupo Agridoce (Recife), no Teatro do Parque

Dia 22 (domingo)
16h - Cine Dança + Debate com Carmem Luz, Edson Vogue e Marina Mahmood, no Teatro do Parque
16h - "Eu cá com meus botões", do Coletivo Trippé (Petrolina), no Parque Dona Lindu
18h - "Caosmose", do Grupo Experimental (Recife), no Espaço Redemoinho, na Travessa Tiradentes, 148, Recife Antigo
19h - "Généretions - battle of portraits", da Cie R.A.M.a (França), no Teatro de Santa Isabel

Dia 24 (terça-feira)
19h - "Itaêotá", do Grupo Totem (Recife), no Teatro Apolo
20h - "Revinda", solo de Rebeca Gondim + “Obirin-Kunhã”, solo de Marcela Rabelo, no Teatro Hermilo Borba Filho

Dia 25 (quarta-feira)
16h - "Superficiais", da Cia Etc. (Recife), na Vila do Pilar, em frente à Escola Nossa Senhora do Pilar
19h - Primeira Cena ("Saída de Emergência"; "Manifesto do Invisível"; "Baixa Fidelidade Urbana"; e "Aruanã"), no Teatro Hermilo Borba Filho
20h - "Inverso Concreto", de Cláudio Lacerda (Recife), no Teatro Apolo

Dia 26 (quinta-feira)
16h - Exibição do documentário "Conceição em nós", do Grupo Experimental, no Teatro do Parque
18h - "Pontilhados", do Grupo Experimental + Lançamento do livro "Pontilhados: dançando experiências humanas em mundos desumanos", no Teatro do Parque
19h - Batalha de breaking

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