Festival Recife do Teatro Nacional retorna com peça de criança síria refugiada e adaptação do filme 'Tatuagem'. Veja programação
Festival do Teatro Nacional retorna com peças de criança síria refugiada e adaptação do filme 'Tatuagem'. Veja programação
Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Festival Recife do Teatro Nacional voltará a ser realizado na capital com 28 espetáculos, sendo 15 produções pernambucanas e 13 montagens nacionais inéditas.
A programação foi realizada nos teatros de Santa Isabel e Parque, Apolo e Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior e Luiz Mendonça, além de apresentações nos mercados públicos de São José, Afogados, Água Fria e Casa Amarela, no Morro da Conceição e na Avenida Rio Branco.
A entrada é gratuita. Os ingressos serão distribuídos ao público nos teatros uma hora antes do início das apresentações, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível. Toda a arrecadação será revertida para o Banco de Alimentos da Prefeitura do Recife, localizado no Coque.
Com o tema "Teatro e Democracia", a edição vai homenagear Newton Moreno, premiado autor e diretor, André Filho, um dos fundadores da Companhia Fiandeiros. O encenador, ator, músico, diretor musical e dramaturgo faleceu há poucas semanas.
Destaques locais
Entre as novas montagens, destacam-se "Miró: Estudo nº 2", do Magiluth, que estreou no Recife no último mês de maio, celebrando o poeta e sua literatura feita de denúncia e asfalto.
Ainda está na frade "Vento forte para água e sabão", do Grupo Fiandeiros, fundado por um dos homenageados da 22ª edição do festival recifense, André Filho, e "Yerma - Atemporal", que revisita Garcia Lorca.
Outras montagens são "Se eu fosse Malcom", "Ao Paraíso", "Solo para um Sertão Blues", "Auto da Barca do Inferno", "Enquanto Godot não vem" e "O Irôko, a Pedra e o Sol".
A performance urbana "Grande Prêmio Brazil", de Andréa Veruska e Wagner Montenegro, terá quatro sessões, todas em mercados públicos, promovendo uma corrida protagonizada por dois personagens: Salário Mínimo e Custo de Vida.
Nacionais
Já na seara dos espetáculos nacionais, a abertura do ficará por conta da peça "Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)", musical carioca da Sarau Cultura Brasileira, com direção de André Paes Leme, inspirado no livro de João Ubaldo Ribeiro.
O espetáculo terá parada no Recife após estreia nacional, reunindo 30 músicas originais, compostas por Chico César, e direção musical e trilha original de João Milet Meirelles (da banda Baiana System).
O coletivo mineiro Grupo Galpão trará dois espetáculos: "De tempo somos", um musical que celebra a história da companhia, e "Cabaré Coragem", que estreou este ano, apresentando uma trupe envelhecida e decadente.
O Clows de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, que apresenta nessa edição o espetáculo "Ubu - O que é bom tem que continuar" no Morro da Conceição e na Rio Branco.
Outro destaque é "Sueño", da Heroica Companhia Cênica, com dramaturgia e direção geral do pernambucano Newton Moreno, também homenageado desta edição do Festival.
O musical "Tatuagem", da paulistana Cia da Revista, adapta para o teatro o premiado filme homônimo do pernambucano Hilton Lacerda, que tem como pano de fundo o teatro recifense na década de 1970.
Estreado recentemente no Rio de Janeiro, "Azira’i", solo da indígena Zahy Tentehar, natural do Maranhão, traz um olhar sobre conceito de ancestralidade.
Infantis
O Festival também apresentará montagens inéditas para o público infantil. Entre elas o comovente e surpreendentemente cômico "Pelos quatro cantos do mundo", da Cia Teatral Milongas, do Rio de Janeiro, mostra a jornada de uma criança síria refugiada em busca do pai.
Outras estreias infantis são "Boquinha: E assim surgiu o mundo", do Coletivo Preto, da Bahia, com texto do ator Lázaro Ramos; e "A.N.J.O.S", da Cia Nau de Ícaros, de São Paulo, espetáculo de dança e circo.
Confira a programação completa:
Dia 16 (quinta-feira)
19h - Abertura + "Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)", da Sarau Cultura Brasileira, (RJ), no Teatro do Parque
Dia 17 (sexta-feira)
12h - "Grande Prêmio Brazil", de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de São José
19h - "Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)", da Sarau Cultura Brasileira (RJ), no Teatro do Parque
20h - "Se eu fosse Malcom", de Eron Villar e DJ Vibra (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho
20h - "De tempo somos", do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça.
Dia 18 (sábado)
16h - "Vento forte para água e sabão" (infantil), do Grupo Fiandeiros (PE), no Teatro do Parque
18h - "Azira’i", solo da indígena Zahy Tentehar (RJ), no Teatro Apolo
18h - "Cabaré Coragem", do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça
20h - "Sueño", da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro Santa Isabel
Dia 19 (domingo)
16h - "Sueño", da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro de Santa Isabel
16h - "Enquanto Godot não vem", da Cia 2 em Cena (PE), no Teatro Barreto Júnior
17h - "O Irôko, a Pedra e o Sol", do grupo O Poste Soluções Luminosas (PE), no Teatro do Parque
18h - "Azira’i", solo da indígena Zahy Tentehar (MA), no Teatro Apolo
18h - “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça
Dia 20 (segunda-feira)
19h - "Miró: Estudo nº 2", do Grupo Magiluth (PE), no Teatro do Parque
19h - "Deslenhar", do grupo Teatro Miçanga (PE), na área externa entre os teatros Hermilo e Apolo
20h - "Órfãs de Dinheiro", solo de Inês Peixoto (MG), no Teatro Apolo
Dia 21 (terça-feira)
20h - "Alguém para fugir comigo", do Resta 1 Coletivo (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho
Dia 22 (quarta-feira)
10h - "Grande Prêmio Brazil", de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Afogados
17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), no Morro da Conceição
18h - Leitura dramatizada “Justa”, com Fabiana Pirro e Ceronha Pontes, na Faculdade de Direito
19h - “Yerma - Atemporal”, de Simone Figueiredo e Paulo de Pontes (PE), no Teatro do Parque
20h - “Pedras, flor e espinho”, do grupo ACA Produções Artísticas (PE), no Teatro de Santa Isabel
Dia 23 (quinta-feira)
10h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Água Fria
17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), na Avenida Rio Branco
19h - “Auto da Barca do Inferno”, da Cênicas Cia de Repertório (PE), no Teatro do Parque
21h - “Solo para um Sertão Blues”, de Cláudio Lira (PE), no Teatro Apolo
21h - “Narrativas encontradas numa garrafa pet”, do Grupo São Gens de Teatro (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho
Dia 24 (sexta-feira)
11h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Casa Amarela
15h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior
19h - Leitura dramatizada “O Sonho de Ent”, da Cia Fiandeiro (PE), na sede da companhia (Rua da Saudade, 240, Boa Vista)
20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo
21h - “Ao Paraíso”, de Valécio Bruno (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho
Dia 25 (sábado)
16h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior
17h - “A.N.J.O.S” (infantil), da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça
17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel
18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho
19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque
20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo
Dia 26 (domingo)
16h - “Céu estrelado” (infantil), do grupo Pedra Polida (PE), no Teatro Apolo
17h - “A.N.J.O.S”, da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça
17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel
18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho
19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque