INOVAÇÃO

Museus de Pernambuco agora podem ser visitados por realidade virtual; conheça projeto

Projeto "Museus de Pernambuco em 360 Graus", do cineasta Eric Laurence, resultou em um aplicativo de celular e site com vídeos que podem ser vistos em celulares, computadores, tablets e óculos de realidade virtual

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Emannuel Bento

Publicado em 08/12/2023 às 14:36 | Atualizado em 08/12/2023 às 14:48
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Diversos museus de Pernambuco agora podem ser vistos em realidade virtual por pessoas de todo o mundo em uma iniciativa inovadora do premiado cineasta Eric Laurence. Financiado pelo edital Funcultura, o projeto "Museus de Pernambuco em 360 Graus" resultou em um aplicativo de celular e no site museusdepernambuco360.com.br.

Ambas as plataformas contam com vídeos em 360 graus dos seguintes museus: Museu do Estado, Paço do Frevo, Museu da Cidade do Recife, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Fundação Gilberto Freyre, Museu de Arte Sacra de Pernambuco e Cais do Sertão.

Esses vídeos podem ser vistos em telas de celulares, computadores e tablets. A experiência consegue ser ainda mais rica com o uso de óculos de realidade virtual. Independente do dispositivo, o visitante consegue dar comandos para girar a tela, dando a sensação de estar imerso no ambiente.

Tanto o aplicativo como o site ainda contam com audiodescrição, história dos museus, curiosidades e informações sobre exposições.

Produção inovadora

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Cineasta Eric Laurence realizou o projeto Museus de Pernambuco em 360 Graus, com vídeos de equipamentos culturais em realidade virtual - DIVULGAÇÃO
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Cineasta Eric Laurence realizou o projeto Museus de Pernambuco em 360 Graus, com vídeos de equipamentos culturais em realidade virtual - DIVULGAÇÃO

Para conseguir imagens de alta qualidade, Eric Laurence desenvolveu um processo de produção em que utiliza um robô autônomo para percorrer os espaços. Já no processo de pós-produção, os filmes são finalizados em 8k, o que permite uma visualização e imersão surpreendentes.

Os museus também foram retratados com o uso de um drone com câmera em 360 graus acoplada, possibilitando imagens aéreas incríveis desses verdadeiros universos culturais.

“Tive a minha primeira experiência há cinco ou seis anos e achei incrível, pois é muito disruptivo pensar que você pode se colocar em um outro espaço, se sentir em outro espaço. É fascinante. Comecei a estudar formas de organização, quando ainda era bem mais complexo, e fui acompanhando as evoluções e possibilidades”, diz Eric, que já produziu o curta “Capibaribe 360º”, disponível no YouTube.

Tecnologia a serviço da cultura

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Cineasta Eric Laurence realizou o projeto Museus de Pernambuco em 360 Graus, com vídeos de equipamentos culturais em realidade virtual - DIVULGAÇÃO

Eric Laurence, que já recebeu cerca de 60 prêmios e participou de diversos festivais internacionais, ressalta que o cinema continua sendo o protagonista da experiência, apesar de todo esse aparato tecnológico.

"Eu uso a tecnologia para fazer uma nova perspectiva na criação de filmes. A tecnologia está a serviço do filme e não o contrário. O filme é o mais importante. Existe uma construção de narrativa, uma montagem, que lhe conduz."

O diretor também está trabalhando em um projeto similar focado nos engenhos de Pernambuco. "Temos outros projetos em vista, que tocam no ponto cultural e também já produzi outros filmes para empresas do setor turístico."

Potencial educacional

Através de óculos virtuais, todo esse conhecimento poderia ser levado para escolas, asilos, hospitais. “As possibilidades são infinitas. Seria interessante que o Museus 360 fosse utilizado para propagar essa cultura, mas parte disso cabe aos órgãos governamentais. A minha paixão é realizar os filmes, mas a parte da difusão, dos eventos, também é importante para que as pessoas se sintam nos ambientes”, diz.

“A realidade virtual, a filmagem em 360 graus são incríveis formas de gerar interesse no público, de estimular o aprendizado e fortalecer o patrimônio do Estado. O grande objetivo é que esse projeto ecoe em diversos segmentos educacionais de Pernambuco, despertando e gerando o interesse das novas gerações. É uma maneira de usar a tecnologia para que a população se aproprie da riqueza patrimonial dos seus museus de uma forma moderna e atraente", finaliza.

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