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Patrimônio vivo de Pernambuco, Didi do Pagode completa 80 anos

Com o Pagode do Didi, um reduto do samba na terra do frevo, recifense ajudou a formar gerações de músicos, compositores e grupos

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Emannuel Bento

Publicado em 12/12/2023 às 12:57 | Atualizado em 12/12/2023 às 13:01
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Neste 12 de dezembro de 2023, Vlademir de Souza Ferreira, mais conhecido por Didi do Pagode, um patrimônio vivo de Pernambuco, completa 80 anos.

Nascido no bairro Caxangá, em 1943, o músico recifense fundou o seu famoso bar no bairro de Santo Antônio em 1981. O "Bar do Didi" logo se tornou ponto de encontro de sambistas, transformando-se no primeiro pagode ao ar livre do Recife, o Pagode do Didi - nome que carrega até hoje.

Diversas gerações de músicos, compositores e grupos iniciaram suas carreiras neste espaço. Em 2021, após a pandemia, o bar vivenciou uma renovação de público, atraindo jovens todas as sextas-feiras.

Antes de consolidar o bar, Didi trabalhou em casas de show e foi jogador de futebol, quando surgiu o seu apelido, por conta da semelhança física com o jogador da seleção brasileira.

Samba na terra do frevo

O Pago de Didi se mantém há quatro décadas, sendo um reduto do samba no Recife, funcionando de segunda a sexta-feira no Centro do Recife.

O espaço se tornou, inclusive, um ponto de encontro de nomes nacionais do ritmo. Arlindo Cruz, Almir Guineto, Negritude Jr, Jovelina Pérola Negra, Bezerra da Silva, Nelson Rufino, Noca da Portela, Délcio Luiz foram alguns dos nomes que passaram por lá.

Homenagens

O Pagode do Didi também foi o primeiro "palco" da Terça Negra, um encontro para expressão do povo negro que atualmente é realizado no Pátio de São Pedro.

Didi já participou da gravação de discos e de programas televisivos, além de receber diversos convites para gravar e integrar grupos de samba.

Por sua relação com militantes do movimento negro em Pernambuco, Seu Didi foi homenageado Destaque da Cultura Negra pela Prefeitura do Recife e recebeu o troféu Terça Negra, em 2009.

Também foi o homenageado do 1° Grande Encontro de Samba Autoral de Pernambuco. Em 2010, foi diplomado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

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