No Dia do Frevo, o Paço do Frevo comemora 10 anos com Orquestra Malassombro e mais de 20 convidados. Confira
Após atingir marca de 1 milhão de visitantes em janeiro, museu receberá programação especial com nomes como Getúlio Cavalcanti, Flaira Ferro, André Rio, Mônica Feijó e mais
Neste Dia do Frevo, 9 de fevereiro, clarins vão iniciar, às 6h, um ritual que se repetirá a cada hora, até o meio-dia, nas janela do Paço do Frevo, prédio histórico que já abrigou a Western & Telegraph Company no Brasil. O equipamento cultural está completando 10 anos, abrindo as suas portas às 10h, com programação gratuita.
Das 11h30 às 14h, uma programação especial celebra a marca de uma década. Quem encabeça a celebração é a Orquestra Malassombro, grupo que vem, simultaneamente, preservando e inovando o frevo com o seu arrojo e descontração em arranjos e lírica.
O conjunto vai receber mais de 20 convidados deste e de outros carnavais: Zé Manoel, Getúlio Cavalcanti, Isaar, Flaira Ferro, André Rio, Mônica Feijó, Martins, Claudionor Germano, Marron Brasileiro, Carlos Filho, Almir Rouche, Sofia Freire, Tonfil, Surama, Albino, Cláudio Rabeca, Luciano Magno, Nena Queiroga, Ed Carlos, Valéria Moraes e Dona Nana Moraes.
Um milhão de visitantes
Não deixando a dança de lado, passistas se apresentarão em uma Roda de Frevo. São eles: Mestre Wilson, Gil Silva, Juninho Viégas, Jefferson Figueirêdo, Inaê Silva, Dadinha, Bhrunna Renata, Mestre Tonho das Olindas, Valéria Vicente, Mariângela Valença, Matheus Lumiére, Edson Vogue, Rebeca Gondim e Loy do Frevo, em condução da multiartista Luna Vitrolira.
Às 14h, o Paço do Frevo fecha e convida seu público a curtir o Carnaval nos braços de Momo: pelas ruas do Recife. O museu reabre na Quarta-Feira de Cinzas.
Museu municipal mais visitado do Recife, o Paço do Frevo registrou um público de mais de 156 mil pessoas apenas em 2023. E neste janeiro, às vésperas do aniversário de 10 anos, atingiu a marca total de um milhão de visitantes.
Frevo o ano todo
Ricardo Piquet, diretor do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que faz a gestão do Paço do Frevo, equipamento mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, diz que o "frevo merece ser vivido e celebrado todos os dias do ano".
"Este é um dos objetivos do Paço Frevo, um Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, reconhecido pelo Iphan, que, há 10 anos, se dedica a proteger, divulgar e propagar a prática do Frevo para as atuais e futuras gerações, partindo do princípio de que, se o patrimônio não for desejado, apreciado e consumido, não estará preservado."
Luciana Félix, diretora do equipamento, ressalta que o museu expandir o Frevo através de atividades de pesquisa, difusão, educação, formação e escuta ativa das comunidades.
"O Paço do Frevo abre caminhos e perspectivas para o futuro do Frevo e do seu patrimônio, enfatizando os potenciais de transformação social e ampliando a ação do museu como espaço de referência e difusão, nacional e internacionalmente, dessa manifestação cultural", diz.
'Eternizar e renovar'
"É muito importante para o Recife poder contar com um espaço de salvaguarda para o Frevo e suas diversas manifestações artísticas e culturais, que permeiam desde a dança aos saberes e fazeres da cultura popular como estandartes e flabelos", diz o prefeito do Recife, João Campos.
"O Paço do Frevo tem esse importante papel de eternizar e renovar a sonoridade ao mesmo tempo em que também promove uma imersão no mais pernambucano dos ritmos para moradores da cidade e turistas, pregando e semeando toda a magia e o espírito de confraternização foliã que só o maior Carnaval em linha reta oferece".
"A história do Frevo se reconta, se recria, se encontra com passados e futuros, em um ambiente onde ele é reconhecido por inteiro, em ritmos, cores, princípios, passos. Isso é o Paço. Uma década de vida traduzindo memórias ancestrais e transformadoras; um milhão de visitantes se somando à paixão por este patrimônio da humanidade. Viva o Frevo, Frevo vivo, viva o Paço", celebra o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.