TURISMO

'Ribeirinhos do Velho Chico': Conheças as novas rotas turísticas do Sertão de Pernambuco

Iniciativa do Seabre em parceria com o Consórcio Intermunicipal Submédio São Francisco quer resgatar e propagar manifestações da cultura sertaneja em cinco municípios

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Emannuel Bento

Publicado em 26/02/2024 às 15:47
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Em meio a vastas paisagens do Sertão, existem muitos tesouros escondidos e trechos possíveis para o turismo. Por isso, novas rotas turísticas foram traçadas com a iniciativa "Ribeirinhos do Velho Chico", criada pelo Sebrae/PE em parceria com o Consórcio Intermunicipal Submédio São Francisco (ComRio).

A proposta é resgatar e propagar manifestações da cultura sertaneja em cinco municípios: Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Belém de São Francisco e Lagoa Grande.

Entre as atrações, estão danças típicas, como a mazurca, até construções antigas, como uma roda
d'água que acompanha a história das comunidades. Confira alguns pontos do roteiro:

Cabrobó

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Ao desbravar a Caatinga, é possível conhecer as espécies da flora, que têm poder medicinal - MAKE MÍDIA/DIVULGAÇÃO

Em Cabrobó, distante 529 km do Recife, a imersão no Quilombo Olho D'água mostra a medicina natural praticada pelo povo, incluindo contato com as espécies da Caatinga, usadas na fabricação de chás, garrafadas e outros tipos de preparo medicinais.

No mesmo quilombo, outro atrativo é a Mazurca, dança típica local, que tem sua origem na tradicional Mazurca européia. Com chapéus e roupas coloridas, homens e mulheres realizam movimentos de vai e vem, como se estivessem dançando uma valsa.

Ocoró

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Contação de história em forma de aboio é passada de forma oral de geração para geração - MAKE MÍDIA/DIVULGAÇÃO

No município de Orocó, localizado a 569 km do Recife, à noite, os vaqueiros se reúnem para realizar uma contação de histórias, por meio de aboio.

Os cantos, entoados sob a luz do candeeiro, afirmam o orgulho de ser vaqueiro, mas também retratam as dificuldades da pega do boi por entre os espinhos da Caatinga, falam da cultura e dos valores do povo, envolvem crianças, adolescentes e os mais experientes.

O costume secular encontra na apresentação aos turistas mais uma forma de ser conhecido e respeitado pelo público

Belém de Francisco

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Fachada do Museu de Ze Pereira e Vitalina, em Belém do São Francisco, que abriga os primeiros bonecos gigantes - MAKE MÍDIA/DIVULGAÇÃO

No município de Belém de Francisco, a 481 km do Recife, a Rota da Manga proporciona uma viagem à história dessa cadeia produtiva. A produção de manga do Sertão do São Francisco (hoje, a mais exportada no Brasil) remonta à década de 40.

Lá, é possível ver a Roda D'água, um equipamento destinado à irrigação das espécies frutíferas, usando as águas do Rio São Francisco. Imponente, a grande roda de madeira mantém -se intacta até hoje, mantendo viva as origens de uma cultura, que se confunde com a história do povo sertanejo.

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Bonecos gigantes dos mestres Zé Pereira e Vitalina, que simbolizam o início da tradição dos bonecos gigantes em Belém do São Francisco, tradição que foi aperfeiçoada em Olinda - MAKE MÍDIA/DIVULGAÇÃO

Também em Belém de São Francisco é possível conhecer o Museu de Zé Pereira e Mestre Vitalina, local onde nasceram os bonecos gigantes. Isso mesmo! Os responsáveis pelo espaço contam que a tradição dos bonecos gigantes teve origem em Belém do São Francisco e foi aprimorada por Olinda, hoje conhecida como Terra dos Bonecos Gigantes.

Polêmicas à parte, o fato é que, neste museu, é possível fazer uma viagem pelos primeiros bonecos gigantes construídos na região, muitos dos quais traduzem as cores, traços e símbolos da cultura sertaneja.

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