MOSTRAS

Torre Malakoff abre as portas para exposição "Observa"

Visitação aberta ao público acontecerá de 15 de maio a 14 de julho deste ano

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 06/05/2024 às 19:17
Notícia

A Torre Malakoff, equipamento cultural gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), abre as portas para apresentar ao público a exposição Observa, com quatro artistas contemporâneos de Pernambuco, selecionados no edital 001/2023 de ocupação de pautas do espaço promovido pela Fundarpe. São eles, Abiniel João, com Nada Acaba no Vazio; Clara Nogueira, com O Que Eles Chamar de Amor; Henrique Correia, com Topologias de Feedback #2; e Ramonn Vieitez, com O Fim É O Começo. A programação contará também com oficinas, visitas guiadas e conversas com o público. A abertura das mostras está marcada para o dia 16 de maio, com um vernissage para os artistas e convidados. Já a visitação aberta ao público poderá ser feita de 15 de maio a 14 de julho deste ano. A entrada é gratuita.

“Estamos muito felizes com a abertura desta convocatória, porque há dez anos que a Torre Malakoff não tinha um mecanismo de ocupação dessa natureza, com um prêmio para os artistas. A ideia é que a gente tenha uma amostragem do que é produzido em arte contemporânea aqui em Pernambuco”, explica a presidente da Fundarpe, Renata Borba.

Maria Eduarda Belém, gestora da Torre Malakoff, também destaca que “além da premiação para montagem da exposição, o edital tem uma particularidade que é possibilitar que os artistas comercializem seus trabalhos, inserindo o artista no mercado e valorizando o seu trabalho”.

Segunda a secretaria de Cultura Cacau de Paula, “a exposição Observa é mais uma ação da gestão em prol da valorização da cultural do estado, evidenciando a nova cena de artistas e atuando fortemente na formação de plateia”.

TORRE MALAKOFF

O equipamento cultural é um importante monumento tombado pela Fundarpe e localizado no Bairro do Recife, área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Foi construído no século 19, com materiais provenientes da demolição do Forte do Bom Jesus, para servir como observatório astronômico e portão monumental do Arsenal da Marinha. O caráter militar da obra está presente em sua fachada e na simetria de sua planta, lembrando também mesquitas do Oriente.

Conheças as mostras que compõe a exposição Observa:

Nada Acaba No Vazio, de Abiniel João, investiga relações de presença e ausência, visibilidade e invisibilidade, opacidade e nitidez. A mostra se debruça sobre o pensamento a partir do espaço e as possibilidades de vida que surgem e/ou se revelam desde o estabelecimento de uma corporalidade fértil e suas ficcionalidades. A proposta é um laboratório que atrita relações de presenças humanas e mais que humanas. Partindo de um processo de instalação, a exposição conflui processos poéticos inéditos e estabelece um panorama atual da investigação poética do artista.

O Que Eles Chamam De Amor, de Clara Nogueira, apresentará dez quadros e uma instalação que têm como principal materialidade tecidos, linhas e cores, explorando a técnica têxtil do bordado manual, traço já marcante na trajetória da artista. Na exposição, Clara Nogueira coloca em questão o tema do trabalho feito por mulheres, tendo como base a ideia de reprodução social do trabalho no sistema capitalista. A partir dessa noção, da crítica à naturalização, à invisibilização e à precarização do trabalho doméstico e de cuidado que Clara Nogueira desenvolveu suas obras, feitas em 2022.

Topologias de Feedback #2, de Henrique Correia, pode ser definida como uma alegoria para as experiências que se acumulam nas mentes e se preservam recônditas. Na qual existe um processo de criação de um novo lugar, um lugar-outro, que provoca o desnudamento de eventos dentro de um espaço onde ondas cerebrais são transformadas em sons na radicalidade do presente. Um lugar com uma topologia própria, no qual os sons refletem a subjetividade de quem habita este espaço, nem que seja por um breve período de tempo. A obra foi um dos frutos da pesquisa de mestrado realizada pelo artista na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre os anos de 2018 e 2020.

O Fim é o Começo, de Ramonn Vieitez, apresentará dez trabalhos, incluindo telas e objetos táteis, em uma continuação da pesquisa recente do artista. O artista traz para a exposição paisagens e figuras masculinas imersas em um universo singular. Dentre as obras, destacam-se algumas peças táteis, permitindo aos visitantes uma interação única com a exposição. Essas paisagens representam uma exploração audaciosa da natureza, indo além dos limites da imagem para revelar uma abordagem particular da paisagem. O encontro de volumes, formas estruturadas e contrastes cromáticos cria uma paisagem cultivada que transcende fronteiras convencionais

 

Serviço:

Exposição Observa - Ocupação de pautas da Torre Malakoff
Abertura: 16 de maio (quinta-feira), às 18h
Visitação: Terça a sexta-feira, das 10h às 17h | domingos, das 14h às 18h
Período de visitação: até 14 de julho de 2014
Torre Malakoff (Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE)

Mostras:
“O Fim é o Começo”, de Ramonn Vieitez
Onde: Sala Norte – Lado A

“Topologias de Feedback #2”, de Henrique Correia
Onde: Sala Norte – Lado B

“Nada Acaba no Vazio”, de Abiniel João
Onde: Sala Sul – Lado A

“O Que eles Chamam de Amor”, de Clara Nogueira
Onde: Sala Sul – Lado B

Tags

Autor