Pagode do Didi é declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Recife

Projeto de Lei de nº 19.284/24, de autoria de Elaine Cristina (PSOL), foi sancionado pelo prefeito João Campos; Bar funciona desde 1981 no Centro

Publicado em 26/07/2024 às 13:36

Palco pagode ao ar livre mais antigo da capital pernambucana, o Pagode do Didi agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. O projeto de lei foi proposto pela vereadora Elaine Cristina (PSOL) e aprovado na Câmara do Recife. O prefeito João Campos (PSB) sancionou o PL em publicação no Diário Oficial do Município na quinta-feira (25).

O bar funciona de segunda a sexta, realizando sessões de música ao vivo todas as sextas, a partir das 19h. Em 2021, após a pandemia, o bar vivenciou uma renovação de público, atraindo muitos jovens todas as sextas-feiras.

Em março deste ano, o Pagode foi fechado por uma decisão judicial para regularização da alvarás. O retorno ocorreu em junho.

História

Foto: Heudes Régis/ArquivoJC Imagem
Pátio de São Pedro e Pagode do Didi recebem eventos para homenagear o mais brasileiro dos ritmos - Foto: Heudes Régis/ArquivoJC Imagem

Fundado em 1981 por Vlademir de Souza Ferreira, o "Bar do Didi" logo se tornou ponto de encontro de sambistas, transformando-se no primeiro pagode ao ar livre do Recife, o Pagode do Didi - nome que carrega até hoje.

Ao longo da história, o local também se tornou um ponto de encontro de nomes nacionais do ritmo. Arlindo Cruz, Almir Guineto, Negritude Jr, Jovelina Pérola Negra, Bezerra da Silva, Nelson Rufino, Noca da Portela, Délcio Luiz foram alguns dos nomes que passaram por lá.

Outras homenagens

O Pagode do Didi também foi o primeiro "palco" da Terça Negra, um encontro para expressão do povo negro que atualmente é realizado no Pátio de São Pedro.

Vlademir de Souza Ferreira, o Didi, já participou da gravação de discos e de programas televisivos, além de receber diversos convites para gravar e integrar grupos de samba.

Por sua relação com militantes do movimento negro em Pernambuco, Seu Didi foi homenageado Destaque da Cultura Negra pela Prefeitura do Recife e recebeu o troféu Terça Negra, em 2009.

Também foi o homenageado do 1° Grande Encontro de Samba Autoral de Pernambuco. Em 2010, foi diplomado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

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