'Beleza Fatal não tem vergonha de ser novela', diz autor da primeira novela da Max

'Novela é emoção; as pessoas precisam sentir, torcer, sofrer', diz Raphael Montes, que promete 'novelão clássico com ritmo e viradas típicas de série'

Publicado em 22/01/2025 às 18:59 | Atualizado em 22/01/2025 às 20:02
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Se "Beleza Fatal" fosse uma pessoa, teria uma "harmonização facial que passou do ponto".

A metáfora é do escritor e roteirista Raphael Montes ("Bom Dia, Verônica"), responsável pela primeira novela brasileira produzida por um streaming internacional - Max, pertencente ao grupo Warner.

Ambientado no universo das cirurgias plásticas e clínicas de estética, "Beleza Fatal" reúne um elenco de peso com Camila Pitanga, Giovanna Antonelli, Camila Queiroz, Herson Capri e Caio Blat.

Novelão com ritmo de série

Montes descreve a produção como "um novelão clássico com ritmo e viradas típicas de série". A história acompanha Sofia (Camila Queiroz), cuja mãe foi presa injustamente por conta da sua tia Lola (Camila Pitanga).

Sofia é acolhida pela amorosa família Paixão, que enfrenta o drama de ter sua filha Rebeca hospitalizada após uma cirurgia plástica malsucedida. Com o apoio dos Paixão, ela se prepara para destruir Lola e todos os que lhe fizeram mal.

ALI KARAKAS/MAX
Raphael Montes, autor de 'Beleza Fatal', em coletiva de imprensa, em São Paulo - ALI KARAKAS/MAX
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Elenco de 'Beleza Fatal' em coletiva de imprensa, em São Paulo - ALI KARAKAS/MAX

"Beleza Fatal não tem vergonha de ser novela e também não se leva a sério. Trazemos personagens bem diferentes daqueles que os atores já fizeram antes. Camila Pitanga, por exemplo, seria como uma Bebel [da novela 'Paraíso Tropical'] que ganhou na Mega Sena", destacou Montes em uma coletiva de imprensa realizada na terça-feira (21).

Criação e inspiração

Raphael Montes foi convidado por Monica Albuquerque, produtora da Max, para desenvolver uma sinopse que fosse desenvolvida em um formato híbrido, "nem novela, nem série".

"Decidi criar a novela que eu gostaria de assistir. Misturei o 'thriller' dos anos 1990 com a estrutura de novela clássica, mas trazendo assuntos atuais de 2024 e 2025", explicou.

PIVÔ AUDIOVISUAL/DIVULGAÇÃO
Alec (Breno Ferreira), Sofia (Camila Queiroz), Elvira (Giovana Antonelli) e Lino (Augusto Madeira) em Beleza Fatal, da Max - PIVÔ AUDIOVISUAL/DIVULGAÇÃO
PIVÔ AUDIOVISUAL/DIVULGAÇÃO
Lola (Camila Pitanga) em Beleza Fatal, da Max - PIVÔ AUDIOVISUAL/DIVULGAÇÃO

Montes também celebrou a experiência de ter Silvio de Abreu como supervisor de texto. "Foi como fazer um mestrado e doutorado em novelas", brincou.

"Quando gastei todas as ideias iniciais que tinha em 16 episódios, Silvio me tranquilizou. Ele disse: 'Pode ir gastando ideias, porque você terá outras'. Isso foi muito libertador", revela.

O autor também compartilhou uma lição valiosa: "Novela é emoção. As pessoas precisam sentir, torcer, sofrer."

Capítulos

Com 40 capítulos, "Beleza Fatal" se adapta ao público do streaming, que prefere tramas mais rápidas, contrastando com as 150 ou mais dos folhetins tradicionais.

"Em uma novela de vingança clássica, a protagonista demora para atingir seus objetivos. No nosso caso, o ritmo acelerado faz a vingança acontecer rápido, levando a uma escalada de retribuições", afirmou Montes.

"A Sofia também tem uma curva de transformação que se vê em série, como 'Breaking Band'."

Universo da estética

Para retratar com autenticidade o universo retratado, Montes conversou com cirurgiões plásticos e influenciadores.

"Hoje, existe um embate silencioso entre a cirurgia plástica tradicional e os procedimentos estéticos não invasivos, que às vezes resultam em exageros estéticos. Quis capturar esse momento", explicou.

Mais do que o tema, o foco do autor está no comportamento humano: "O que me interessa é o que as pessoas aparentam ser e o que realmente são. Uma frase da novela reflete bem isso: 'Não existe botox para caráter'."

Com direção geral de Maria de Médicis, "Beleza Fatal" estreia no próximo dia 27 de janeiro.

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