'Ainda Estou Aqui' faz história com indicação de Melhor Filme para o Brasil
Desde a estreia mundial no 81º Festival de Veneza, longa de Walter Salles tem colecionado prêmios e elogios da crítica internacional

O longa-metragem "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, já fez história no cinema brasileiro ao ser indicado na categoria de Melhor Filme no Oscar.
Esta é a primeira vez que uma produção nacional concorre diretamente na principal categoria da premiação. O filme também aparece em "Melhor Filme Internacional" e "Melhor Atriz", com Fernanda Torres.
Embora "O Beijo da Mulher-Aranha" (1985), coprodução entre Brasil e Estados Unidos, tenha disputado o Melhor Filme, o crédito oficial do troféu caberia ao produtor norte-americano David Weisman, tornando a conquista de Salles única na representatividade brasileira.
Trajetória de sucesso
A caminhada de "Ainda Estou Aqui" pelas premiações começou de forma promissora no prestigiado 81º Festival de Veneza, onde estreou mundialmente e recebeu o prêmio de Melhor Roteiro.
Desde então, o longa acumulou importantes reconhecimentos, incluindo o prêmio do público na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, além de vitórias em festivais como Vancouver e Mill Valley.






Um marco na divulgação internacional do filme foi a vitória de Fernanda Torres como Melhor Atriz no Globo de Ouro. Sua atuação, descrita pela crítica como uma performance de camadas emocionais profundas, pode ter captado a atenção dos votantes da Academia.
Além disso, "Ainda Estou Aqui" recebeu o prêmio de Melhor Filme Internacional em dois eventos de peso: o Festival Internacional de Cinema de Palm Springs e a Associação de Críticos de Porto Rico, consolidando seu status como um dos favoritos na temporada.
Aclamação da crítica estrangeira
A imprensa estrangeira não poupou elogios ao longa. O Hollywood Reporter e a BBC incluíram "Ainda Estou Aqui" entre os melhores filmes de 2024, ampliando sua visibilidade internacional.
O The New York Times definiu o filme como "belo e dilacerante", destacando a direção de Salles como um exemplo de apuro visual e sensibilidade narrativa.
"Em sua performance - premiada com o Globo de Ouro - Torres surpreende. Proteger seus filhos significa abraçar a alegria em meio ao medo, esperança em meio à dor. Torres traz camadas à sua performance com todas essas emoções, e seus olhos inquisitivos são magnéticos", afirmou Alissa Wilkinson.
Na França, o longa estreou em 180 salas e foi amplamente elogiado pela crítica local, com o jornal Libération descrevendo-o como uma narrativa poderosa sobre o luto e a resiliência de uma família em tempos difíceis.
Sucesso nas bilheterias
No mercado brasileiro, "Ainda Estou Aqui" também se destacou como um fenômeno comercial. Com 3,4 milhões de espectadores e mais de 12 semanas em cartaz, o filme segue ampliando seu circuito, atualmente exibido em 500 salas.
Com sua combinação de impacto narrativo, excelência técnica e relevância cultural, "Ainda Estou Aqui" já se consolida como um marco para o cinema nacional e promete fazer história na maior premiação da indústria cinematográfica.