Carnaval 2025: Tradicional Orquestrão encerrou folia do Recife

André Rio, Lenine, Elba Ramalho e Alceu Valença completaram o encerramento de um Carnaval marcante – que anunciou até Oscar para o Brasil

Publicado em 05/03/2025 às 11:11
Google News

O Carnaval do Recife se despediu nesta terça-feira (4) com o tradicional Orquestrão, reunindo músicos e foliões para a despedida apoteótica de um Carnaval marcante – que anunciou até Oscar inédito para o Brasil no decorrer dos dias.

A festa começou às 16h com o Encontro de Maracatus de Baque Solto. Em seguida, André Rio embalou o público com frevos inesquecíveis, preparando o terreno para a apresentação de Lenine, que trouxe seu repertório cheio de poesia e brasilidade do disco "Olho de Peixe".

Às 22h30, Elba Ramalho fez a multidão dançar e cantar ao som de seus clássicos, aquecendo o palco para Alceu Valença que, já na madrugada de quarta-feira (5), comandou um dos momentos mais esperados.

Foliões

 MAURÍCIO FERRY/PCR
Imagem de Alceu Valença no encerramento do Carnaval do Recife 2025 - MAURÍCIO FERRY/PCR

Para Pedro Ferreira, 33, o show de Alceu Valença foi o ponto alto da noite. "É um privilégio ver esse mestre no palco. As músicas dele fazem parte da trilha sonora da minha vida. Não tem como ouvir Anunciação sem se arrepiar", contou, emocionado.

O artista subiu ao palco já na madrugada, sendo recebido por uma multidão ansiosa para cantar seus clássicos. Com sua energia contagiante, Alceu passeou pelo repertório que atravessa gerações, levando o público ao delírio com sucessos como "La Belle de Jour". Mas foi em "Anunciação" que a emoção tomou conta da plateia, com milhares de vozes em coro, um espetáculo à parte.

Orquestrão

A despedida com o Orquestrão, para Felipe Rocha, 37, é sempre um momento especial. "É quando a gente sente que o carnaval está mesmo acabando, mas da melhor forma possível. O frevo, o calor humano, todo mundo junto... Dá aquele aperto, mas também uma gratidão enorme por fazer parte dessa festa. Já estou contando os dias para o próximo", confessou, segurando a sombrinha de frevo.

Resgatando o momento do anúncio do Oscar inédito para o Brasil, com Ainda Estou Aqui, na noite de domingo (2), Ana Clara Martins, 28, que estava presente, relata a emoção. "Eu estava com o coração na mão. Esse filme me tocou de um jeito que poucos conseguiram. Quando anunciaram, eu só conseguia chorar. É um reconhecimento gigantesco para a nossa arte, para a nossa história, e foi maravilhosa a energia que o Marco Zero passou no momento".

Tags

Autor