Folia se estende na Quarta-feira de Cinzas com o Mungunzá do Zuza Miranda e Thaís e Bacalhau do Batata em Olinda
Tradição e alegria continuam após o Carnaval com eventos na Quarta-feira de Cinzas, garantindo festa e energia nas ladeiras de Olinda

As celebrações continuam em Pernambuco mesmo depois do carnaval, nesta Quarta-feira de Cinzas (5), com o Bacalhau do Batata, o Mungunzá do Zuza e outras festividades que mantém o clima de festa.
A Quarta de Cinzas é conhecida pelo início da Quaresma no calendário cristão, e muitos estabelecimentos voltam a funcionar, mas a folia continua em alguns lugares.
Em Olinda, o Mungunzá do Zuza Miranda e Thaís começou por volta das 7h, servindo o primeiro copo aos homenageados. Neste ano, os escolhidos foram Tampinha, Doutor da Folia, Adão da Burra e Ciro Bezerra, apresentador do TV Jornal Meio Dia, da TV Jornal.
Também na cidade, o bloco Bacalhau do Batata se concentra desde as 8h, e foi fundado por um garçom que não podia curtir o carnaval nos outros dias, por estar trabalhando.
Mungunzá do Zuza Miranda e Thaís
O Bloco Mungunzá do Zuza Miranda e Thaís tem mais de 30 anos de história, e distribui aos foliões mais de dois mil litros da iguaria.
O representante do bloco, seu Zuza, conta que o momento é bastante aguardado pelo público. "As pessoas ficam contando com esse mungunzá, porque Quarta-feira de Cinzas aqui em Olinda ainda é Carnaval. Depois do mungunzá, tem o Bacalhau do Batata, e as pessoas querem ficar com muita força e energia para poder vir pra cá", declarou, em entrevista à TV Jornal.
A festa inclui também a Corrida do Monstro, com premiação de R$ 300 reais neste ano. São 50 concorrentes competindo para ver quem chega primeiro ao topo da ladeira da Sé.
"Simbolicamente, a gente passa o folião do Mungunzá do Zuza Miranda e Thaís para o Bacalhau do Batata, a gente faz uma troca de cabeças", afirmou.
Bacalhau do Batata
O Bloco Bacalhau do Batata leva os foliões às ladeiras de Olinda, com o estandarte representando um bacalhau e outros alimentos.
Este ano, o bloco conta com orquestras carnavalescas, incluindo uma feminina, com 30 integrantes, e outra masculina, com 40 músicos, além de uma parceria com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
A concentração do Bacalhau do Batata acontece no Alto da Sé, e o percurso é concluído em frente à Igreja do Carmo.
O bloco fundou a tradição de desfilar na Quarta-feira de Cinzas, estendendo a festa de momo para mais um dia de folia, e surgiu para que as pessoas que trabalham durante o carnaval também tenham a oportunidade de se divertir.
"Eu fui criada nesse meio carnavalesco, sou carnavalesca. Eu gosto de brincar, gosto de ver Pernambuco ferver", afirmou Fátima Araújo, presidente do Bacalhau do Batata e sobrinha de Isaías Ferreira da Silva.
Em 2025, o Bacalhau do Batata foi um dos homenageados do maior bloco de rua do mundo, O Galo da Madrugada, que se apresentou no sábado (1º) com o tema "Pernambuco: do Galo ao Bacalhau, Viva o Carnaval".