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Crítica: 'Duna' tem tudo para ser a nova franquia de sucesso da década

Um dos lançamentos mais esperados do ano, 'Duna' é o filme de maior bilheteria da Warner na reabertura dos cinema

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Cadastrado por

Cacau Barros

Publicado em 01/11/2021 às 11:31 | Atualizado em 01/11/2021 às 16:20
Crítica
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Inspirado na obra de Frank Herbert e que já foi base para tantas outras histórias, Duna finalmente chegou aos cinemas brasileiros. Com um orçamento que custou em torno de US$165, o filme dirigido por Denis Villeneuve (A Chegada), traz uma história de herói com grandiosidade técnica e precisa.

O roteiro é adaptado também por Villeneuve, Jon Spaihts e Eric Roth. Sendo esse último, Eric Roth, responsável por roteirizar outros sucessos como ‘Nasce uma estrela’ (2018) e ‘O curioso caso de Benjamin Button’ (2009). À primeira vista, o roteiro não traz nada de novo no modo de apresentar o protagonista. Sua resignação com o futuro predestinado e outras características é comum ao arquétipo do herói. Apesar disso, não ficamos com a sensação de ‘hmm, eu já vi esse filme’, sabe?

Cinematograficamente falando

O filme se coloca de maneira bem assertiva, bonita e deixa claro que não veio à toa. Em todos os setores técnicos há nomes oscarizados e de grande sucesso, ratificando o que já havíamos previsto: Duna nasceu para ser grande. E é!A fotografia intercala closes e planos mais abertos, focando na troca entre aproximar o espectador dos personagens, e assim humanizá-los, e, ao mesmo tempo, apresentar o universo de Duna com todos os seus aspectos e riqueza de detalhes. E aí, ao falar de riqueza é necessário pontuar o design de produção: que trabalho maravilhoso!

O figurino e a maquiagem consegue claramente separar a representação de cada casa através da composição visual. Fazendo com que o deserto seja um palco para diferentes origens, cada uma com sua beleza e particularidades. Não há muitos exageros (talvez apenas em uma das casas haja um pouco de personagens mais caricatos). É possível observar, que em alguns momentos a ambientação beira o monótono e o sombrio, mas ainda assim isso parece ter sido uma escolha consciente da produção.

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Um filme de Cinema

 Hanns Zimmer brilha mais uma vez na composição sonora, que emerge na narrativa com força total, sendo crucial para nos envolver e nos tensionar ainda mais. A cada conflito, o som parece dizer ‘estou aqui’. Um ponto que vale destacar é a familiaridade com a composição de som de ‘A Chegada’, que também foi dirigido por Villeneuve. O que nos dá a sensação de aceno do diretor para o público que o acompanha.É um filme que merece ser visto no cinema.

Em resumo, é possível dizer que Duna veio com toda força reivindicar seu lugar de nova saga de sucesso. Há, claramente, uma expectativa dos estúdios de que o filme repita o êxito da trilogia ‘O senhor dos anéis' e da franquia ‘Star Wars’. O que, levando em consideração as possibilidades de explorar ainda mais o roteiro nas próximas produções é um caminho muito possível. Ou seja, podemos dizer que o filme faz jus ao seu orçamento e ainda nos presenteia com uma nova franquia para amar.

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*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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