Abertura da 27ª edição do Cine PE conta com nomes importantes do audiovisual e grandes referências da música pernambucana
O festival teve início na noite desta segunda-feira (4), no tradicional Teatro do Parque
Com o tema “O Audiovisual é da Nossa Natureza”, a 27ª edição do Cine PE teve início na noite desta segunda-feira (4), no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. Considerado uma das maiores vitrines do audiovisual brasileiro, o festival recebeu grandes nomes da cena cultural pernambucana em sua abertura, como o produtor e ativista cultural Roger de Renor, o maestro Formiga, o compositor Onildo Almeida e o compositor Jota Michiles.
Nomes importantes do audiovisual também prestigiaram a primeira noite do evento, a exemplo do ator Edson Celulari, da atriz Letícia Spiller, que está no Recife como jurada de longas-metragens do festival; do ator Caio Blat, homenageado desta edição; e sua esposa, a atriz Luísa Arraes.
Celulari, que está na capital pernambucana para a exibição do filme “Ainda Somos Os Mesmos”, de Paulo Nascimento, subiu ao palco para falar sobre o filme e sobre a importância do Cine PE.
“Eu vim aqui porque eu acredito no cinema, acredito nessa retomada pós-pandemia, na importância de sair de casa e assistir um conteúdo com uma experiência social, política, emocional e coletiva que é muito diferente. Nós precisamos retomar o nosso público, nós precisamos encher esse teatro”, comentou. O longa, filmado no Brasil e no Chile, foi exibido dentro da Mostra Hors-Concours.
Na mesma noite, o documentário “Frevo Michiles”, de Helder Gomes, deu início à Mostra Competitiva de Longas-Metragens. No palco, o compositor Jota Michiles não escondeu a emoção. “Eu pensei que tinha vivido todas as emoções da minha vida musical, mas esse é mais um momento de grande emoção, de grande alegria depois do sucesso maravilhoso que foi esse filme em São Paulo. Estou aqui mais uma vez para contar em filme trechos da minha vida musical, dos meus 80 anos de idade”, pontuou.
Segundo dia de atividades
Nesta terça-feira (5), o Cine PE inicia suas atividades às 9h, com coletiva de imprensa realizada com representantes dos filmes exibidos na noite da segunda (4) - entre eles, Edson Celulari. Durante a tarde, o festival realiza o seminário gratuito “Cenários Políticos da Reforma Tributária e os Novos Desafios para a Cultura”, que traz os economistas Jorge Jatobá e Sérgio Buarque, e o administrador e auditor fiscal Décio Padilha para discutir o tema da reforma tributária. O encontro será mediado pelo economista e idealizador do Cine PE, Alfredo Bertini.
As duas atividades acontecem no hotel-sede do evento, o Beach Class Convention, em Boa Viagem. O seminário acontece também no formato on-line.
Durante a noite, a partir das 19h, o festival exibe “Depois do Sonho” (PE), de Ayodê França, e “Invasão ou Contatos de Terceiro Mundo” (PE), de Hugo Barros Aquino e Maria Eduarda Soares Gazal, ambos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens pernambucanos. Na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais, serão projetados “Eles Não São Estrangeiros” (SC), de Pedro Bughay; “Quintal” (BA), de Mariana Netto; “Essa Terra é Meu Quilombo” (AP), de Rayane Penha; e “Moventes” (RN), de Jefferson Cabral.
Encerrando a noite, “Porto Príncipe” (SC/RJ), de Maria Emília de Azevedo, será exibido dentro da Mostra Competitiva de Longas-Metragens. A noite também será marcada pela homenagem ao ator Caio Blat, que recebe a Calunga de Ouro do festival.
Toda a programação do Cine PE é gratuita e as sessões incluem legendas para surdos e ensurdecidos.