“Jimmy você sabe o que fazer. Toque para que a bateria soe como se estivesse flutuando”. Para bom entendedor, e músico excepcional, poucas palavras bastaram. O “Jimmy” é Jimmy Cobb, bateria do lendário sexteto de Miles Davis. A “ordem” foi-lhe dada o início da sessão do que seria um dos mais importantes álbuns da história do jazz, e da música popular do século 20, Kind of Blue, de 1959.
Jimmy Cobb faleceu aos 91, em consequência de um câncer no pulmão. Era o último remanescente do grupo que gravou Kind of Blue com Miles Davis. Com o contrabaixista Paul Chambers formou uma das mais talentosas “cozinhas” do jazz. Com Chambers, e o pianista Wynton Kelly (todos ex-integrantes da banda de Miles Davis), Cobb formou um supertrio, MS o seu papel mais elogiado era o de acompanhante. Um dos mais requisitados do jazz. É difícil saber com quem ele não tocou. Billie Holiday, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, John Coltrane, Clark Terry, Sarah Vaughan, Cannonball Adderley, Wes Montgomery, Dinah Washington, Ron Carter, Nancy Wilson, Wayne Shorter, alguns dos que tiveram a bateria de Jimmy Cobb com eles, nos palcos ou estúdios.
James Wilbur Cobb, nascido em Washington D.C em 20 de janeiro de 1929, começou aos 21 anos, tocando com o saxofonista d rhythm and blues, Earl Bostic. Cobb gravou o ultimo disco, em 2019, aos 90 anos, This I Dig of You, com uma banda formada por Harold Maber (piano), Peter Bernstein (guitarra), and John Webber (contrabaixo)
Jimmy Cobb, baterista do álbum Kind of Blue, morre aos 91 anos
Ele era o último remanescente do lendário sexteto de Miles Davis
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