Dramaturgia

Novela 'Império' reestreia na próxima segunda-feira (12)

A trama do pernambucano Aguinaldo Silva será a terceira reprise no horário das 21h da Globo durante a pandemia

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 09/04/2021 às 21:10
JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO
MARCANTE "Se fosse um homem 100% agressivo, as pessoas não iam se identificar com ele", defende Nero - FOTO: JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO
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Escolhida para substituir Amor de Mãe enquanto a novela inédita Um Lugar ao Sol, de Lícia Manzo, está com gravações paralisadas devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus, Império (2014)do autor pernambucano Aguinaldo Silva — volta a ocupar o horário das nove da TV Globo a partir de amanhã em sua primeira reexibição.

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O folhetim de 203 capítulos conta a história do pernambucano José Alfredo de Medeiros (Chay Suede/Alexandre Nero), o homem de preto. Dono de uma rede de joalherias, o Comendador tem três filhos com a aristocrata falida Maria Marta Mendonça e Albuquerque (Adriana Birolli/Lilia Cabral): José Pedro (Caio Blat), Maria Clara (Andreia Horta) e João Lucas (Daniel Rocha). Os três disputam a herança da empresa construída pelo pai.

O Jornal do Commercio participou de uma coletiva virtual de imprensa com parte do elenco de Império. E para o protagonista Alexandre Nero, que ficou marcado no papel do Comendador, a reprise será uma chance dele relembrar o trabalho em si.

"O Comendador era um homem grotesco, que maltratava um pouco as pessoas. Fica muito claro que a partir do momento em que ele encontra a filha que ele não sabia que existia, a Cristina (Leandra Leal), é ela quem começa a fazer o coração dele amolecer. Ele era um homem que só queria saber de dinheiro – era essa a relação dele com o mundo. Mas o encontro com a Cristina o torna mais afetuoso e afetivo. É vida real. Se ele fosse um home 100% agressivo, as pessoas não se identificariam com ele. É o famoso anti-herói. Não é o vilão, nem o bonzinho. É grotesco, mas humanizado. No caso do Comendador, acho que foi esse encantamento que as pessoas tiveram com ele", analisa o ator.

Lilia Cabral, que emplaca sua terceira reprise no horário das nove da Globo nesta pandemia (junto com Fina Estampa e A Força do Querer), comentou sobre o ato de rever esta novela de Aguinaldo Silva: "Tenho me acompanhado nas reprises. De Fina Estampa para cá, quanta coisa mudou ao longo desses anos... e como faz bem a gente perceber esse caminho para melhor! No caso de Império, as pessoas lembram mais da história, mas é impactante ver como muita coisa também mudou ao longo dos últimos seis anos, e às vezes nem nos damos conta. Vamos perceber quando estivermos assistindo".

SUBSTITUIÇÃO

Outro nome de destaque no elenco foi Marjorie Estiano, que deu vida à vilã Cora na primeira fase de Império e teve que voltar à trama para substituir a atriz Drica Moraes, na época com problemas de saúde.

"Esse retorno à novela foi muito marcante para mim. A Cora é uma personagem muito rica. É controversa, ambiciosa, mas ao mesmo tempo autêntica. Me explicaram que a Drica precisaria se ausentar e que não tinha como a trama andar sem a personagem. Então o Aguinaldo sugeriu que eu retornasse. Fiquei receosa com a transição, em como o público iria encarar. Depois que conversei com a Drica, fiquei mais tranquila e quando eu vi a importância dessa mudança tão significativa, encarei melhor. Meu fio condutor era fazer a Cora que eu já tinha feito. Com o tempo, as pessoas já estavam envolvidas muito mais com a trama e compreendendo que foi uma necessidade técnica. Aos poucos fui me sentindo mais à vontade e me diverti muito. Foi um aprendizado imenso. Um final feliz, ficamos todos muito satisfeitos", relembrou.

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