FAKE NEWS: BOLSONARO NÃO assinou ATO INSTITUCIONAL; confira os detalhes da fake news
A publicação no Facebook chegou a ter 156 mil visualizações, 7,5 mil curtidas, 1,1 mil comentários e outros 3,6 mil compartilhamentos até o dia 14 de dezembro, quando a própria plataforma classificou como falso o conteúdo publicado.
Em mais uma investigação do Projeto Comprova, foi apurado que um vídeo divulgado no Facebook em que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) teria publicado o Ato Institucional nº 1, decretando novas eleições para presidente em janeiro de 2023, é falso.
No vídeo, a informação teria sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) e, além de novas eleições, haveria mudanças nas regras eleitorais.
Em trecho do vídeo, a pessoa mostra um texto entitulado "Ato Institucional nº 1, de 9 de dezembro de 2022" e informa que "uma nova revolução" estaria em curso no Brasil.
Tal "revolução" teria como objetivo "destituir o governo anterior e ter a capacidade de constituir um novo governo".
O que diz o suposto "AI-1"?
O documento falso cancelaria a eleição de 2022, decretando novas eleições para o dia 11 de janeiro de 2023, além de impedir Lula (PT) de ser candidato, alegando que "políticos processados civil ou criminalmente e preso nos últimos 10 anos" não poderiam participar do pleito.
O texto ainda menciona que "o Congresso Nacional, em sessão extraordinária, apreciará o pedido de cessação de direitos políticos de qualquer ex-candidato que faça ou fez parte de grupos subversivos ao governo" (sic).
Por fim, o texto finaliza com uma frase repetida várias vezes por Jair Bolsonaro durante todo o seu governo: "nossa bandeira jamais será vermelha".
A publicação no Facebook chegou a ter 156 mil visualizações, 7,5 mil curtidas, 1,1 mil comentários e outros 3,6 mil compartilhamentos até o dia 14 de dezembro, quando a própria plataforma classificou como falso o conteúdo publicado.
Resultado do Comprova
De acordo com a investigação realizada pelo projeto, não há nenhuma publicação no Diário Oficial referente ao conteúdo publicado.
A autoria da publicação é de Lenyr Botelho, apoiadora de Jair Bolsonaro e candidata a vereadora pelo PSD de Goiás, em 2020.
Um dos pontos que chamaram atenção na investigação foi a quantidade de erros de grafia no texto. Por exemplo, a palavra "República" foi escrita em minúscula várias vezes.