GREVE DOS PROFESSORES RECIFE: Sindicato diz que não foi notificado e mantém paralisação
Greve dos professores do Recife teve início no dia 29 de março

O Sindicato Municipal Dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) afirmou que a greve dos professores está mantida na rede municipal, mesmo com determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco para suspender a paralisação.
Os sindicalistas afirmam que até a manhã desta quarta-feira (5) não foram notificados judicialmente "quanto ao julgamento da legalidade da greve" e que, por isso, a greve está mantida.
Ontem, o TJ determinou o fim da greve e a retomada imediata das aulas nas escolas e creches da rede municipal do Recife. Caso haja descumprimento da decisão, haverá multa diária de R$ 100 mil.
"A prefeitura havia apresentado ofício se negando a receber os grevistas, e optou por enfrentar os professores na justiça", diz o sindicato.
Uma nova assembleia será realizada pela entidade na próxima segunda-feira (10), com local e horário ainda não confirmados.
"Durante todo feriado continuaremos fazendo pressão nas redes sociais e mostrando nossa indignação com o autoritarismo do governo João Campos, que politicamente optou por enfrentar a categoria na 'justiça' e não reabrir as negociações durante a greve. A assessoria jurídica do sindicato estará em plantão permanente e as articulações com os(as) parlamentares continuarão sendo feitas", diz nota do sindicato.
Greve dos Professores do Recife
A reivindicação dos professores é pelo reajuste total de 14,95% no salário da classe.
"A prefeitura do Recife anuncia que o piso está sendo pago, mas apenas para 1.300 professores da faixa inicial. Outros mais 7.000 profissionais não receberão o reajuste garantido por lei".
"A proposta da prefeitura foi de 7,5% e o restante como bônus, que não é incorporado ao salário. A categoria rejeitou a proposta por entender que é um desmonte da carreira, igualando o nível médio com o superior", diz o sindicato.
Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Simpere, diz que a categoria esteve aberta ao diálogo e às negociações a todo o momento.
"A greve tem um motivo legítimo que é o cumprimento de uma Lei Federal e não iremos nos envergar pela ofensiva da prefeitura. A categoria já demonstrou a sua força e o fará mais uma vez. Seguimos chamando pela negociação", disse.