É FALSO que João Carlos de Medeiros Ferraz voltou para a Petrobras no Governo Lula
É mentira que ex-presidente da Sete Brasil, condenado na Lava-Jato, voltou para a Petrobras

Uma falsa mensagem que circula pelas rede sociais afirma que João Carlos Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil e condenado pela Operação Lava-Jato, assumiu cargo na Petrobras neste início de Governo Lula.
O boato está circulando há, pelo menos, quatro dias em redes sociais como Twitter e WhatsApp, especialmente entre usuários de oposição ao governo petista.
O texto afirma falsamente que o empresário teria sido convidado para "encabeçar a reestruturação da área financeira da Petrobras", com a recriação da Gerência de Financiamento de Projetos.
A fake news conta até com uma suposta declaração dada por João Carlos: "Estou muito entusiasmado de voltar à Petrobras. Reunirei o meu antigo time de Project Finance", diz o boato.
João Carlos de Medeiros Ferraz não foi contratado pela Petrobras
A Petrobras não contratou João Carlos de Medeiros Ferraz. O primeiro indício é que a estatal petroleira não anunciou oficialmente a contratação do gestor.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, inclusive, publicou uma mensagem no Twitter desmentindo a fake news.
"A informação de que um certo João Carlos Medeiros Ferraz estaria convidado para reassumir funções na Petrobras é FALSA. Não acredite em boatos", escreveu Jean na última sexta-feira (7). A mensagem, porém, foi apagada do perfil do gestor.
Além disso, a "Gerência de Financiamento de Projetos", que ficaria sob a batuta de João Carlos, não existe no organograma atual da Petrobras.
Quem é João Carlos de Medeiros Ferraz
João Carlos de Medeiros Ferraz foi presidente da Sete Brasil, empresa criada para explorar o petróleo encontrado na camada pré-sal.
Ele esteve envolvido em caso de corrupção descoberto pela Operação Lava-Jato. Na ocasião, ele admitiu ter recebido 1,9 milhão de dólares em propina.
Segundo a Veja, Ferraz afirma que aceitou as “gratificações” em um “momento de fraqueza”, no qual era pressionado por colegas.
Ele fechou acordo de delação premiada e se comprometeu a devolver o valor, além de mais R$ 3 milhões oriundos de outros contratos fraudulentos.