MARCO TEMPORAL de TERRAS INDÍGENAS

Marco Temporal: STF está a somente 1 voto de barrar critério que, segundo indígenas, é prejudicial aos povos originários

Até o momento somente dois ministros (os indicados por Jair Bolsonaro) votaram a favor do marco temporal de demarcação para demarcação de terras indígenas; Outros 4 ainda precisam votar

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Gabriel dos Santos

Publicado em 21/09/2023 às 7:34 | Atualizado em 21/09/2023 às 7:37
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O Supremo Tribunal Federal (STF) conta atualmente com cinco votos contrários à aplicação da tese do marco temporal na demarcação de terras indígenas. Apenas mais um voto nessa mesma direção é necessário para alcançar a maioria e derrubar esse critério.

Até o momento, os ministros que decidiram invalidar o uso do marco temporal na concessão das áreas são:

  • O relator, ministro Edson Fachin.
  • O ministro Alexandre de Moraes.
  • O ministro Cristiano Zanin.
  • O ministro Luís Roberto Barroso.
  • O ministro Dias Toffoli.

>>> O QUE É O MARCO TEMPORAL? Entenda, clicando aqui.

MINISTROS INDICADOS POR BOLSONARO VOTARAM A FAVOR DO MARCO TEMPORAL

Por outro lado, existem dois votos favoráveis à validação do uso do marco temporal como um requisito objetivo para a concessão das áreas aos povos indígenas, que são:

  • O ministro Nunes Marques.
  • O ministro André Mendonça.

Nunes Marques e André Mendonça foram os dois ministros indicados por Jair Bolsonaro, enquanto esteve na Presidência da República. 

O marco temporal é apoiado por donos de terra e por garimpeiros que, se confirmada a tese, poderiam usar as terras indígenas para prática do garimpo. 

Durante as últimas eleições, garimpeiros apoiaram publicamente o candidato Jair Bolsonaro. O garimpo ilegal também se fortaleceu nos 4 anos em que o ex-presidente esteve no poder.

Quem ainda precisa votar?

Ainda restam quatro ministros a apresentar suas posições sobre o assunto, que são:

  • Luiz Fux,
  • Cármen Lúcia,
  • Gilmar Mendes e
  • a presidente do STF, ministra Rosa Weber.

PROPOSTAS

Além disso, há propostas de tese em discussão, as quais resumem os entendimentos da Corte sobre o tema. Essas propostas serão analisadas pelo plenário até a conclusão do julgamento.

Além da questão da validade do marco temporal, os ministros também têm diferentes abordagens em relação à indenização dos não-índios que atualmente ocupam áreas reivindicadas pelos povos indígenas, bem como para a compensação aos indígenas quando não for mais viável conceder as áreas que reivindicam.

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