Varejo

Porque as indústrias estão se tornando franqueadoras

Nova tendência no varejo é o licenciamento de marcas tradicionais da indústria que assim ampliam sua participação no mercado e evitam a concorrência de lojas multimarcas

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 06/03/2020 às 19:39 | Atualizado em 06/03/2020 às 20:27
Rafael Neddermeyer/Divulgação
A consultora Lyana Bittencourt será uma das palestrantes do Congresso de Franquias e Varejo Norte e Nordeste, que acontece nos dias 12 e 13 deste mês, no RioMar. - FOTO: Rafael Neddermeyer/Divulgação

Uma nova tendência do mercado varejista no Brasil é transformar indústrias tradicionais em uma marca franqueadora. “O objetivo é ligar indústria, grandes varejistas e o consumidor final, ampliando a atuação das marcas, promovendo ganho de mercado e gerando identificação com os consumidores”, diz Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo Bittencourt. A consultora, especializada em inteligência de negócios e no desenvolvimento de redes de franquias, será uma das palestrantes do Congresso de Franquias e Varejo Norte e Nordeste, que acontece nos dias 12 e 13 deste mês, no RioMar.

“Na verdade, esta movimentação que é tida como uma tendência no mercado local já é bem difundida no mundo”, Diz Lyana Bittencourt que viu a procura por esta formatação de negócio conhecida como “direct to consumers”, direto ao consumidor, em inglês, crescer ao longo dos últimos dois anos. A procura por consultoria nesta área deve crescer em torno de 20% este ano, em relação a 2019, além de um crescimento numérico de projetos em 30%, estima a executiva.

VAREJO

A consultora diz ainda que o varejo está se reinventando com várias forma de acesso pelo comprador. A indústria, que apenas produz e entrega seus produtos, de repente fica sem espaço para contar sua história e se sobressair em meio à concorrência de outros produtos em uma loja multimarcas. “A saída é aliar a expertise do produtor em fazer e entregar a mercadoria com a expertise de um comerciante com DNA de vendas. Este comerciante, passaria por uma espécie de seleção para poder utilizar a licença da marca. A indústria assim, ganha um espaço próprio para vender diretamente ao consumidor”. Outro gasnho extra na expansão através de franquias, é o reforço da presença da marca no mercado, explicoU a executiva. Arezzo, Reserva, Havaianas, Porto Seguro, Brastemp, Cacau Show, Oi, Vivo, Adidas, Samsonite, Heliar, Todeschini são algumas marcas que aderiram ao sistema de licenciamento.

Um aspecto de vendas que deve ser levado em conta é a omnicalidade, que seria a utilização de vários canais de venda e pagamento em conjunto, um complementando o outro. Isso inclui sites e aplicativos de vendas, redes sociais. “A venda multicanal, quando possível, deve sempre ser feita. Uma loja física pode utilizar o que chamamos de vitrine infinita para evitar uma quebra na negociação”, diz Lyana. Como exemplo ela sugere a compra de um sapato onde a loja física não tem um determinado tamanho ou cor no estoque mas pode oferecer ao cliente a possibilidade de escolher e comprar o produto que quer pela plataforma de e-commerce da própria loja.

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