"Não há necessidade das pessoas fazerem estoques de produtos" diz representante dos supermercados

Em uma reunião com o Procon nesta quarta-feira (18), a Associação Pernambucana de Supermercados garantiu que não há falta de produtos nas lojas e descartou a limitação das vendas de produtos de higiene

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 18/03/2020 às 16:54 | Atualizado em 18/03/2020 às 16:58
Foto: Acervo JC Imagem
Secretário estadual de Justiça disse que a fiscalização do Procon está atenta a prática de preços abusivos nos itens mais procurados neste momento, como os de higiene e limpeza - FOTO: Foto: Acervo JC Imagem

Não há necessidade da população correr aos supermercados para fazer estoques de produtos em casa. Este foi o apelo da Associação Pernambucana de Supermercado (Apes), na reunião realizada hoje (18), entre representantes do comércio atacadista e varejista e o Procon, na sede da Secretaria de Justiça, no Bairro do Recife.  Silvana Buarque, superintendente da Apes, garantiu que no momento não há risco de desabastecimento, sobretudo de alimentos e itens de higiene e limpeza, como sabonetes, água sanitária e papel higiênico.

”Não há nenhum motivo para preocupação sobre desabastecimento. Toda a cadeia segue funcionando normalmente: indústria, distribuição, transporte e comércio". Silvana explicou que o receio da população se deu porque no último final de semana houve um aquecimento nas vendas em lojas pontuais, mas não de uma forma generalizada. "Houve casos de uma mesma rede apresentar uma demanda grande num determinado ponto da Zona Norte e, na Zona Sul, não haver esse aumento de público", explica Silvana, o que acabou provocando a falta momentânea de alguns produtos em determinadas lojas. Ela recomendou que a melhor maneira de evitar essa situação é o consumidor comprar em estabelecimentos próximos a sua residência. "Se todo mundo for comprar no mesmo lugar ao mesmo tempo, claro que fica difícil o reabastecimento rápido", pontuou Silvana.

LIMITAÇÃO

A Apes defende ainda que não há necessidade de limitar a venda de produtos por cliente. "Algumas lojas já estão fazendo isso mas são iniciativas próprias que acontecem por um motivo: não há como controlar quem compra em quantidade para revender. Mas isso não justifica que todos os comerciantes adotem a limitação da compra de produtos", argumentou Silvana.

O secretário estadual de Justiça e Direitos humanos, Pedro Eurico, afirmou que outra preocupação é com o aumento nos preços dos produtos por conta da alta demanda provocada pelos cuidados com o coronavírus. “O Procon está atento a possível prática de preços abusivos. Sobre isto, a população pode colaborar denunciando qualquer estabelecimento que tenha elevado os preços de forma exagerada nos últimos dias”, afirmou o secretário. A população pode acionar a fiscalização do Procon através do telefone 0800 2821512.

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