A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, desacelerou para 0,07% em março, depois de registrar alta de 0,25% em fevereiro. É o menor valor para o mês de março desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Neste ano, o acúmulo é de de 0,53% e, nos últimos 12 meses, 3,30%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9). Recife foi uma das cidades com maior alta, registrando uma elevação de 0,31%, ao lado de Campo Grande (0,56%), Rio de Janeiro (0,46%), Aracaju (0,41%) e São Luís (0,37%).
De acordo com o IBGE, o indicador que mais puxou o resultado para baixo foi o do grupo dos transportes, que caiu 0,9%, por causa da queda dos preços das passagens aéreas (-16,75%) e dos combustíveis (-1,88%). Todos os combustíveis recuaram neste mês: etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%). O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, afirmou que não é possível afirmar que a baixa tenha relação com a pandemia. Isso porque os preços das passagens aéreas vêm em queda desde os últimos meses.
A maior deflação foi dos artigos de residência (-1,08%). Segundo o índice, comer em casa ficou mais caro. O valor do grupo de alimentos e bebidas cresceu 1,13% em março, principalmente por conta da alimentação no domicílio (1,40%). Em fevereiro, esse valor foi de 0,11%. Kislanov aponta que isso sugere que as pessoas estão comprando mais para se alimentar em casa.
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