O programa Pró-Brasil de reocupação econômica pós-covid-19, lançado nesta quarta-feira, 22, terá sua implantação começando em larga escala a partir de outubro. O cronograma de elaboração do programa foi apresentado pelo ministro da Casa Civil, general Braga Neto, apesar das divergências da equipe econômica.
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Todos os ministérios vão poder fazer propostas para o programa. Segundo Braga Neto, a aceitação do programa foi unânime em todos os ministérios, mas não houve na entrevista de apresentação do programa nenhum integrante da equipe econômica.
Braga Neto disse que a motivação do programa foi baseada no fato de que muitos ministérios começaram apresentar propostas, que serão agora organizadas. "Propusemos o programa a todos os ministros. Foi aceitação unânime a necessidade do programa. E cada ministério vai ter um coordenador", disse Braga Neto.
A primeira reunião de trabalho será na próxima sexta-feira, 25, quando cada ministro vai levar as suas propostas. A fase de estruturação será feita entre maio a julho. Os detalhes dos projetos serão feitos em setembro para a implantação a partir de outubro.
Braga Netto afirma que Guedes estava em reunião e todos foram favoráveis ao Plano
Braga Netto negou que haja oposição da equipe econômica ao Plano Pró-Brasil de crescimento pós-covid 19. Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da reunião de lançamento do plano. "O ministro Paulo Guedes estava hoje na reunião. Todos os ministros foram favoráveis ao programa. Sem nenhum problema", disse.
O ministro negou também que o programa seja uma espécie de Plano Marshall. "Não existe nenhum plano Marshall. Existe o pró-Brasil Plano Marshall é outra coisa. Isso não é um programa de recuperação econômica. É de crescimento econômico", disse Braga Netto, que ao longo da resposta, usou depois algumas vezes a palavra recuperação econômica. "É para toda essa infraestrutura que foi atingida pelo coronavírus. Todos os ministérios estão envolvidos", acrescentou.
Segundo ele, o importante do programa é que ele tem um prazo. Mas o ministro evitou dar detalhes. "Não vou antecipar. Só um ministério, dependendo da retomada dele, vai gerar milhões de empregos", afirmou.
Os ministérios, disse ele, já têm alguns trabalhos e a Casa Civil vai agora coordená-los. "A Economia faz parte como um todo Ela não é o foco do programa. Faz parte do programa", enfatizou.
Ordem e progresso
O projeto terá duas vertentes: ordem e progresso, com investimentos estruturantes e ações estratégicas do setor público. Na parte de ordem, haverá arcabouço normativo, investimentos privados, segurança jurídica e produtividade, melhoria do ambiente de negócios e mitigação do impacto socioeconômico.
Na frente progresso, a previsão é de investimentos em obras públicas e parcerias com o setor privado.
O programa tem foco também, além de infraestrutura, mas desenvolvimento do setor produtivo, capital humano. O foco na infraestrutura, citado por Braga Neto, foi transporte, logística, energia, mineração, desenvolvimento regional em cidades e telecomunicações.
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