Em uma dura nota de resposta à Boeing, que desistiu da parceria em aviação comercial, a Embraer disse acreditar firmemente que a Boeing rescindiu indevidamente o acordo global da operação (MTA). Segundo a fabricante brasileira, a empresa norte-americana "fabricou falsas alegações" como pretexto para tentar evitar os compromissos para concluir a transação e pagar à companhia o valor da compra de US$ 4,2 bilhões.
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A Embraer disse que a Boeing adotou um "padrão sistemático de atraso e violações repetidas" ao acordo, devido à "falta de vontade" em concluir a transação.
A fabricante brasileira afirmou ainda que a condição financeira da Boeing, o programa 737 MAX e "outros problemas comerciais e de reputação" também seriam os motivos pela desistência do acordo entre ambas.
A Embraer, que informou acreditar estar em conformidade com suas obrigações no acordo e ter cumprido com todas as condições necessárias até a data de ontem (prazo final para conclusão), disse que buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos.
Na nota, a Embraer enfatizou seu histórico como empresa bem sucedida, eficiente, diversificada e verticalmente integrada, com sucesso no atendimento a clientes com produtos e serviços, construídos em uma base sólida de recursos industriais e de engenharia. "A empresa é uma exportadora e desenvolvedora de tecnologia, com atuação global em aviação de defesa, executiva e comercial."
Ainda fez uma mensagem aos funcionários em que destacou o orgulho com sua trajetória. "Nossa história de mais de 50 anos está alinhada com muitas vitórias, mas também com alguns momentos difíceis. Todos eles foram superados. E é exatamente isso que vamos fazer novamente. Superar esses desafios com força e determinação."
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