ECONOMIA

Dólar cai para R$ 5,74 em dia de tranquilidade no exterior

Bolsa de Valores se recupera e sobe quase 3%

Agência Brasil
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Publicado em 08/05/2020 às 19:34 | Atualizado em 08/05/2020 às 19:41
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
O banco alemão Commerzbank passou a prever hoje que a moeda americana deve ficar ao redor dos R$ 5,30 até dezembro. - FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Em um dia de tranquilidade nos mercados externos, o dólar caiu depois de cinco altas seguidas. O dólar comercial fechou esta sexta-feira (08) vendido a R$ 5,74, com queda de R$ 0,10 (-1,7%). Mesmo com o recuo desta sexta, a moeda encerrou uma semana tensa com alta de 5,56%.
O euro comercial fechou a R$ 6,218, com recuo de 1,62%. A libra comercial encerrou o dia vendida a R$ 7,117, com queda de 1,37%.

O dólar operou em queda durante toda a sessão. No início da manhã, a cotação estava próxima da estabilidade, mas a queda intensificou-se a partir das 10h30, quando a moeda passou a ser vendida abaixo de R$ 5,80. A divisa acumula alta de 43,04% em 2020.

O Banco Central (BC), nesta sexta, não interveio no mercado. A autoridade monetária não leiloou contratos novos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – nem rolou (renovou) contratos antigos que vencerão em junho.

Nos últimos dias, os investidores repercutiram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que reduziu a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa além do estimado, o BC indicou que pretende promover um novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.

Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também se refletiram nas negociações.

No entanto, o clima favorável nos mercados internacionais aliviou a pressão sobre o câmbio nesta sexta. O dólar caiu perante quase todas as moedas do mundo, num dia de alívio no exterior. Apesar de a taxa de desemprego nos Estados Unidos ter saltado de 4,4% em março para 14,7% em abril, o indicador veio melhor que as expectativas das instituições financeiras, que estimavam que a taxa passaria para 16%.

Ações

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou esta sexta-feira aos 80.263 pontos, com alta de 2,75%, depois de dois dias seguidos de baixa. Apesar de ter oscilado bastante nos últimos dias, o indicador terminou a semana com recuo de apenas 0,3%.

O Ibovespa beneficiou-se do clima mais tranquilo no mercado externo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com ganho de 1,91%.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a perspectiva de que diversos estados norte-americanos amenizem as medidas de distanciamento social e o relaxamento das restrições em diversos países europeus têm reanimado os agentes econômicos.

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As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades. No entanto, o relaxamento de restrições em vários países da Europa e regiões dos Estados Unidos, após a superação do pico da pandemia, tem amenizado o impacto sobre os mercados globais.

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