Coronavírus

Na quarentena, pernambucano compra mais cigarro

De acordo com as vendas registradas em nota fiscal eletrônica na base de dados da Secretaria da Fazenda, as vendas de cigarro aumentaram 17,1% na primeira quinzena de maio

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 19/05/2020 às 16:57 | Atualizado em 19/05/2020 às 16:57
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Quarentena termina estimulando hábitos de risco: pernambucano passou a fumar mais - FOTO: Foto: Fotos Públicas

O isolamento social é uma alternativa criada para preservar a saúde das pessoas de forma a tentar diminuir a pressão de atendimento sobre o sistema de saúde enquanto não se tem uma vacina contra o coronavírus. Apesar de tentar preservar a saúde das pessoas, a quarentena termina estimulando, por outro lado, hábitos de risco. Por exemplo, o pernambucano passou a fumar mais.

Pelo menos é isso que mostram os dados de vendas dos primeiros 15 de maio. Nesta primeira quinzena do mês, o pernambucano passou a comprar mais cigarro, comida e remédios. Enquanto isso, as academias continuam fechadas.

De acordo com as vendas registradas em nota fiscal eletrônica na base de dados da Secretaria da Fazenda, as vendas de cigarro aumentaram 17,1% na primeira quinzena de maio, em relação ao mesmo período do ano anterior. As notas fiscais emitidas em operações de vendas de cigarros totalizaram R$ 24 milhões neste período deste ano, contra R$ 20 milhões do ano passado.

Em relação à comida, o comércio de atacado de alimentos cresceu 14,9% na comparação dos dois períodos, num acréscimo de vendas de r$ 164 milhões, e a indústria de alimentos passou a vender 17% a mais, faturando R$ 178 milhões extras em relação aos 15 dias de maio do ano passado. As vendas dos supermercados cresceram 19,5%.

As farmácias também estão mais movimentadas neste período de quarentena. Venderam R$ 73 milhões a mais, nesses 15 dias, num acréscimo de 10% no volume de medicamentos.
Além desses cinco setores, apenas as usinas de açúcar, talvez pela maior demanda de álcool, também faturaram bem mais do que nos primeiros dias de maio de 2019: acréscimo de 27,1%.

QUEDAS

Fora esses setores, todos os outros registram queda, o que termina refletindo num descréscimo geral de 19,8% no número de vendas. Ou seja, a economia do Estado, nesses 15 dias, deixou de movimentar R$ 3,9 bilhões, segundo os dados da Fazenda. Ano passado, no mesmo período todos os setores listados movimentaram R$ 19,7 bilhões. Neste maio, foram R$ 15,8 bilhões.

Os setores que mais sofrem são veículos (-54%), combustíveis (-25,7%), tecidos (-52,7%) e transporte (-37,5%). Veja a tabela completa:

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