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"Há sim um risco de atraso", diz secretário de Pernambuco sobre pagamento de servidores

Gestor afirmou que Pernambuco já perdeu mais de um bilhão de reais em três meses, e que a arrecadação de impostos de junho será deficitária

JC
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Publicado em 04/06/2020 às 10:15 | Atualizado em 04/06/2020 às 10:25
Foto: Nando Chiapetta/Alepe
Secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha - FOTO: Foto: Nando Chiapetta/Alepe

O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, afirmou na manhã desta quinta-feira (4), em entrevista à Rádio Jornal, que há risco de atraso no pagamento de salários de funcionários públicos vinculados ao Governo do Estado, devido à crise financeira causada pelo fechamento do comércio, medida elencada pelo próprio gestor como necessária para controlar o avanço do novo coronavírus.

"Há sim um risco de atraso, de aumentar, e voltar aos que tinham antes", disse. "Perdemos em três meses mais de 1 bilhão, e a arrecadação de junho será muito ruim, porque [o comércio em] maio foi todo fechado, para salvar vidas, uma consequência do processo. Não se sai de uma pandemia dessas sem enfrentar crises". Ele defendeu que os atrasos de setembro do ano passado até fevereiro de 2020 foram reduzidos em 81%.

Em relação à empréstimos, o secretário afirma que o Estado havia conseguido pagar quase 68% dos empréstimos feitos até o ano de 2016. "Desde 2016 Pernambuco não faz operação de crédito. As dívidas que estamos pagando foram feitas há 5, 10 anos, que serão pagas em torno de 30 anos. Elas até são pequenas para o que a lei permite, só tem 50% de comprometimento da receita, mas o desembolso é grande. Em 2019, Pernambuco conseguiu pagar quase 68% do que restava".

Auxílio Federal

Padilha anunciou, durante a entrevista, que um auxílio financeiro de quatro parcelas de R$ 269 milhões será enviado pelo Governo Federal todo dia 9, começando por junho, para compensar queda do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de maio, mês em que o Estado arrecadou R$ 600 milhões a menos do que pretendia. "Em maio fechamos uma conta de 600 milhões a menos, se comparar com a arrecadação esperada para o mês. O crescimento real aconteceu em janeiro, fevereiro e ia acontecer em março, quando veio a pandemia e a gente precisou fazer o isolamento social".

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