SOLTURA

Fundador da Ricardo Eletro é solto após prestar depoimento em Minas Gerais

Ricardo Nunes foi ouvido nesta quarta-feira em Minas Gerais

JC
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Publicado em 09/07/2020 às 17:13 | Atualizado em 09/07/2020 às 17:14
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Nunes foi preso por suspeita de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro - FOTO: Divulgação

com informações do jornal O Globo

O fundador da rede de varejo Ricardo Eletro, o empresário Ricardo Nunes, foi solto após prestar depoimento no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta quinta-feira (9). Nunes foi ouvido durante três horas, e a soltura ocorreu após o pedido dos advogados, acatado pelo promotor que acompanha o caso. O empresário é investigado por suspeita de sonegação de impostos.

"Depois que o Supremo entendeu que não podia mais haver condução coercitiva, lamentavelmente tem ocorrido essas situações. O investigado é preso apenas para prestar depoimento, quando poderia ter sido intimado", comentou a defesa do empresário.

Prisão

Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso no estado de São Paulo na manhã dessa quarta-feira (8) em uma operação de combate a sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Além de Ricardo, também foram presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte Laura Nunes (filha) e Rodrigo Nunes (irmão).

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Receita Estadual e a Polícia Civil encabeçam a força-tarefa da operação denominada "Direto com o Dono", que cumpriu ainda mais 14 mandados de busca e apreensão. No estado de Minas Gerais, os mandados foram cumpridos nos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima. Já em São Paulo, os alvos estão na capital e em Santo André.

Em valores aproximados, cerca de R$ 400 milhões foram sonegados por Ricardo Nunes ao longo de cinco anos, segundo as investigações. De acordo com o MPMG, a rede de varejo embutia no valor dos produtos o preço correspondente aos impostos, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço), mas não realizava repasse.

Crime

Apenas em novembro do ano passado o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu como crime a apropriação do ICMS. Com isso, as investigações em torno de Ricardo Nunes e demais empresários do ramo ganhou força. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, o crescimento do patrimônio do empresário justamente no período de sonegação configura também como crime de lavagem de dinheiro.

Sequestro de bens

A Justiça determinou que bens e imóveis de Ricardo Nunes, avaliados em R$ 60 milhões, fossem sequestrados. O patrimônio que foi registrado no nome da mãe, das filhas e do irmão do empresário teve crescimento acelerado justamente no período de sonegação de impostos, com isso, a decisão da Justiça busca ressarcir o Estado pelo dano causado nos últimos cinco anos.

Ricardo Eletro

A Ricardo Eletro, empresa fundada por Ricardo Nunes, está em recuperação judicial. A rede de varejo, que já fechou várias de suas unidades pelo Brasil, soma dívidas de cerca de R$ 3 milhões.

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