Pernambuco foi um dos destaques nacionais na recuperação do comércio varejista no mês de julho, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (10). O varejo no estado teve alta de 18,9% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Este é o terceiro maior índice do país, atrás apenas do Amapá (34%) e da Paraíba (19,6%), e também é o maior aumento em comparação a um mês anterior desde o início da série histórica iniciada em janeiro de 2001.
Este resultado também é mais de três vezes superior à média nacional, que foi de 5,2% no mesmo período. Em junho, o índice também tinha marcado recorde positivo, ao registrar alta de 10,3% frente a maio. Os números dos últimos três meses contrastam com os resultados do mês de abril, quando houve recuo de – 16,6%, maior queda em quase 20 anos.
Quando se compara o volume de vendas do comércio varejista no período entre julho de 2020 de julho de 2019 em Pernambuco, os resultados continuam positivos, com aumento de 11,2%. É mais que o dobro do mesmo indicador para o Brasil, que foi de 5,5%. Este também foi o primeiro mês de crescimento no estado após quedas expressivas em março (-5,4%), abril (-23,5%), maio (-16,5%) e junho (-6,3%) frente aos mesmos períodos do ano anterior.
O bom desempenho se inverte quando se trata da variação acumulada do ano: no estado, houve uma queda de -5%; já no país, a redução foi menor, de -1,8%. O mesmo ocorreu na variação acumulada de 12 meses. Em PE, a retração foi de -2%, enquanto o Brasil teve índices positivos, ainda que próximos à estabilidade, de 0,2%.
Comércio varejista ampliado também teve números positivos
Quando se consideram os dados do comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas teve aumento no mês de julho em relação a junho, com alta de 15,8%. Também houve alta de 9% na comparação entre julho/2020 e julho do ano passado. No entanto, os outros indicadores foram negativos: o acumulado em 2020 foi de -8,3% e o acumulado nos últimos 12 meses foi de -3,1%.
Das 13 atividades pesquisadas, quatro apresentaram queda em julho de 2020 frente ao mesmo mês de 2019. A queda mais expressiva verificada no comércio varejista ampliado em Pernambuco no mês retrasado foi observada no setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que teve um índice negativo de -68,3% em comparação a julho de 2019. Este grupo de atividades ostenta a maior variação negativa acumulada no ano (-38,6%) e nos últimos 12 meses: -25,3%.
O setor que apresentou a segunda queda mais expressiva foi o de tecidos, vestuário e calçados, com redução de -13,6% entre julho de 2020 e o mesmo mês do ano passado. O segmento também tem a segunda pior variação acumulada do ano em comparação ao igual período de 2019, com -35,6%. Os outros setores que apresentaram recuos entre julho de 2019 e 2020 foram os de combustíveis e lubrificantes, com -2,6% e veículos, motocicletas, partes e peças, com -0,2%.
Ainda sobre o comércio varejista ampliado, o setor de eletrodomésticos registrou o maior aumento no volume de vendas, de 73,2% em julho de 2020 frente ao mesmo período do ano passado. O desempenho ajudou a puxar para cima o setor de móveis e eletrodomésticos como um todo, que teve resultado positivo de 62%. Os móveis também tiveram alta expressiva, de 33,4%. Também chama a atenção o índice positivo do segmento outros artigos de uso pessoal e doméstico (24%) e dos materiais de construção (22,4%).
Vendas do comércio crescem em 21 dos 27 estados
De junho para julho, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 5,2%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação. Pressionando negativamente, figuram seis das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-5,6%), seguido por Paraná e Mato Grosso (ambos com -1,6%).
O comércio varejista ampliado, entre junho e julho, cresceu 7,2% no Brasil, com predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (35,0%), Paraíba (21,0%), além de Pernambuco. Por outro lado, com variações negativas, figuram duas das 27 Unidades da Federação: Mato Grosso do Sul (-0,7%) e Piauí (-0,1%).
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