BENEFÍCIOS

Ministério da Economia defende que aposentadorias e pensões fiquem dois anos sem aumento

Congelamento abriria espaço no Orçamento para financiar o "Renda Brasil"

Thalis Araújo
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Thalis Araújo
Publicado em 14/09/2020 às 20:09 | Atualizado em 14/09/2020 às 20:16
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O programa social, que vai substituir o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família - FOTO: ABR

O secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que a equipe econômica do Governo Federal defende a ideia de que benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, sejam desassociados do salário mínimo e sofram congelamento, ficando sem reajustes por um período de dois anos. Rodrigues fez a afirmação em entrevista ao G1, nesse domingo (13).

Congelamento viabilizaria Renda Brasil

O congelamento dos benefícios resultaria na abertura de espaço no Orçamento para financiar o programa Renda Brasil, que o Governo Federal planeja colocar no lugar do Bolsa Família. Waldery disse ainda que sofreriam o congelamento tanto as aposentadorias de um salário mínimo quando as mais altas.

O secretário disse ainda que a tese está sendo debatida com os ministérios da Cidadania e da Casa Civil, porém afirmou que o Governo ainda não fechou qualquer decisão sobre o assunto.

"A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]. O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção", explicou.

Como funciona reajuste de benefícios previdenciários atualmente?

Hoje, as aposentadorias e pensões têm valores reajustados de acordo com o salário mínimo, todos os anos. Como a Constituição Federal ordena o reajuste do salário mínimo seguindo a inflação, assim também é feito com os benefícios.

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