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M&G São Caetano oferece melhor proposta para explorar terminal de açúcar e coque de petróleo em Suape

Ideia da companhia é movimentar coque de petróleo e açúcar, na retroárea do cais 5, que antes era ocupada pela Agrovia do Nordeste, controlada pela Odebrecht Transport

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 16/10/2020 às 18:00
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CONTRATO Valor mínimo seria de R$ 142.846,96 por mês, mas a companhia ofereceu proposta para pagar R$ 367.000,00 - FOTO: DIVULGAÇÃO
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A empresa M&G São Caetano Indústria de Beneficiamento Ltda. ofereceu a melhor proposta de preço para arrendar, temporariamente, o Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), localizado na retroárea do cais 5. O edital de licitação estabeleceu um valor mínimo mensal de R$ R$ 142.846,96 a ser pago pelo arrendatário. A M&G São Caetano ofereceu uma proposta de R$ 367 mil por mês, ficando bem acima da segunda colocada, a Agemar Loxus, que ofertou R$ 145 mil. 

O terminal ocupa uma área de 72.542 metros quadrados, na zona primária do Porto de Suape, destinada à movimentação e armazenagem de açúcar (a granel ou em sacos) e granéis sólidos em geral, como fertilizantes, coque de petróleo, granéis vegetais e outros. A capacidade de movimentação é de 750 mil toneladas. A M&G São Caetano tem expectativa de movimentar 145 mil toneladas de coque de petróleo e 45 mil toneladas de açúcar. 

A diretoria de Suape explica que a primeira etapa do processo foi a apresentação da proposta de preços, que teve a M&G como mais vantajosa. Agora, a disputa passa para a segunda fase, de habilitação. "A empresa que apresentou a proposta mais vantajosa deve enviar toda a documentação exigida de qualificação técnica, jurídica e fiscal num prazo de cinco dias úteis, a contar do próximo dia 20. Após o recebimento, será realizada a análise e verificação documental. A última etapa é a de homologação do resultado e declaração do vencedor", informa, por meio de nota. 

A M&G São Caetano Indústria de Beneficiamento é uma empresa do município de São Caetano (Agreste de Pernambuco), especializada no beneficiamento de gesso e caulim. A companhia também atua nas atividades de operador portuário, armazéns gerais, carga e descarga e outros serviços de transporte e logística. Se passar na fase de qualificação, a empresa poderá fechar contrato temporário de seis meses com Suape ou até a realização do leilão definitivo da área. 

AGROVIA

O contrato de transição é permitido pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para que a área não fique desocupada enquanto se realiza o processo de licitação para o arrendamento final. O terminal está sem operação há mais de um ano, desde que a Agrovia do Nordeste devolveu a área ao Porto. Controlada pela Odebrecht Transporte, a Agrovia não conseguiu mais manter o empreendimento, por conta do envolvimento da empreiteira na operação Lava Jato e de seu pedido de recuperação judicial. 

A Agrovia começou a operar em Suape em 2016, com serviços e armazenagem. Depois, iniciou a movimentação de açúcar. Em seguida, conseguiu autorização do governo federal para movimentar outros grãos para garantir a viabilidade econômica do terminal. O espaço recebeu investimento de R$ 130 milhões na sua implantação e conta com uma estrutura de galpão de armazém de açúcar, carregador de sacas e grãos para navios (shiploader), áreas administrativa, de manutenção, almoxarifado e segurança do trabalho; prédios destinados a vestiário e sanitários, refeitório e área de vivência; balança rodoviária e outros.

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